MINHA VIDA É UM PALCO

MINHA VIDA É UM PALCO
Somos como atores neste palco que é o mundo, as cenas são os dias e noites, e o roteiro quem escreve é a VIDA!A vida depois dos 60. É começar novo, novos horizontes, um mundo diferente e muito mais LEVE! A gente está sempre começando, sempre aprendendo...E aos 60 anos, a gente nasce de novo! A minha Infância da Maturidade! COMO SERÁ NOS 70?Na minha ADOLESCÊNCIA da Maturidade...CHEGUEI! Cheguei chegando imaginando a vida toda...70 ANOS! BÓRA LÁ QUE A VIDA TÁ PASSANDO!!!E até uma PANDEMIA!Nunca pensei ...De repente, ficar presa em casa, sozinha. Se sair, o CORONA VÍRUS pega. Horrível todo mundo sem se tocar.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

ESCRIBE, Y RECORDARÁS



ESCRIBE, Y RECORDARÁS.  
A primeira vez que ouvi “Tem que apontar” nem me lembro. Meu pai dizia sempre: “Tem que apontar, nunca mais esquece.” Apontar era escrever, anotar, muito lápis e qualquer papel que aparecesse. Isso ficou gravado na minha mente, e pra mim é certo: Se eu quero guardar uma informação, anoto, escrevo, registro. É como uma foto captando o momento. Ver os riscos das letras, a palavra surgindo milagrosamente, a ideia se concretizando em frases, textos. E os números, riscos que se transformam em quantidades infinitamente representadas, um simples zero modifica a vida. Aquela coisa de nem 8 nem 80.
O código de números e letras me fascina.
X na Filosofia é o símbolo de desconhecido, o mesmo X na Matemática é uma quantidade variável, o X da questão é a resposta, em cada idioma tem uma pronúncia. 666 diz-que é o número da besta, pode ser o número da casa ou apenas 666 dias que faltam ou que passaram para qualquer coisa.
Uma coisa só passa a existir quando verbalizada. Já pensou numa pessoa sem nome? “Sabe, aquela pessoa”. É assim que a gente se refere quando não quer que os outros saibam de quem estamos falando, mas que bem sabemos, é a tal da amante do marido da amiga. Sabemos o nome, mas omitimos, substituindo por “aquela pessoa”. Que é uma identificação. O Aquela é a Outra, não é Essa ou Esta, Minha Amiga, a Maria Zulmira.   
Incrível como tantas palavras são jogadas no Universo. Adoro isso. Escreve e recordarás. Saudades das cartas em papel. Parece que dava pra tocar nas palavras. Agora, as minhas vão para as nuvens. Tem de tudo, lá.
 “Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever, mas o correio andou arisco”, então, o Chico mandou um disco, uma canção, um poema, um desabafo, que se não tivesse verbalizado eu não estaria recordando. Metalinguística.  
Escribe, y recordarás. Quem disse isso foi Jorge Luis Borges. Cego. Escrevia na mente. Ditava ao gravador. Li nos orangotangos do Luís Fernando Veríssimo. Escrevo para lembrar. O Universo agradece.

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