MINHA VIDA É UM PALCO

MINHA VIDA É UM PALCO
Somos como atores neste palco que é o mundo, as cenas são os dias e noites, e o roteiro quem escreve é a VIDA!A vida depois dos 60. É começar novo, novos horizontes, um mundo diferente e muito mais LEVE! A gente está sempre começando, sempre aprendendo...E aos 60 anos, a gente nasce de novo! A minha Infância da Maturidade! COMO SERÁ NOS 70?Na minha ADOLESCÊNCIA da Maturidade...CHEGUEI! Cheguei chegando imaginando a vida toda...70 ANOS! BÓRA LÁ QUE A VIDA TÁ PASSANDO!!!E até uma PANDEMIA!Nunca pensei ...De repente, ficar presa em casa, sozinha. Se sair, o CORONA VÍRUS pega. Horrível todo mundo sem se tocar.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

CAFEZINHO para encerrar o ano...


Compras de fim de ano. Roupas brancas.Quem sabe, uma tiara com flores. Eu e Mirinha no shopping. Coisas que A-DO-RA-MOS fazer, nós, que vivemos sessenta anos em cidades do interior da fronteira, agora na capital dos shoppings, sempre deslumbramos com cores, luzes, gentes, vitrines que mostram paraísos. E a decoração de Natal, cada ano com invenções para as fotos dos papais babões com os filhos fazendo pose.Tudo muito certinho.Previsível.
Os pés doendo, vamos um pouco na praça de alimentação. Quero comer porcaria, como Mirinha chama minhas frituras, mandioca com bacon e tiras de frango frito. Mirinha come sushi e sashimi.Light.
Cada uma com uma senha, não tem mesa vaga, vamos ter que comer em pé? Vou buscar meu pedido, bem a tempo de ver um homem convidando Mirinha para sua mesa. Quando volto, eles estão no maior papo, já velhos conhecidos, preciso tirar a bandeja para conseguir acomodar meu prato na mesa.
- Bella, este é o Chiquinho...Chiquinho, esta é Bella...
Aperto a mão do Chiquinho. Muito prazer, eu sou amiga da Mirinha, de onde vocês se conhecem?
- Daqui, ora - diz Mirinha - Chiquinho me convidou para a mesa dele.Também gosta de comida japonesa.Temos tudo em comum. 
Em segundos, eles já tinham tudo em comum. Será que eu estava sobrando?
Ofereci mandioca frita com bacon e frango frito só. Eles comeram quase tudo. 
- Vocês moram sozinhas?
Pronto. Minhas antenas cresceram.Será um assassino de senhoras gostosas? Analisei a figura: um homem médio, cara média, linguagem média, falava esses e erres, jeito médio, parecia um cara normal. 
Mirinha fez aããã, com a boca cheia -com MINHAS mandiocas, o sashimi desmaiado, desprezado, jogado.
- Moramos cada uma em uma casa - falei, observando a reação do agora íntimo Chiquinho.E o senhor?
Que ridícula essa mania de uruguaianense tratar todo mundo de senhor e senhora.Mas o Chiquinho tinha cabelos brancos... Que culpa eu tenho da boa educação que papai me deu...
- O senhor está no céu- falou o coroa. Trabalho aqui perto. Venho almoçar no shopping, é uma terapia, desestressa.
Me deu uma vontade de perguntar de que família tu és...o que tu fazes...aquelas perguntas típicas que mamãe e vovó faziam...agora a gente não pode nem perguntar se é casado, pega mal...é antigo.
- Querem tomar um cafezinho no meu consultório? É pertinho daqui.Ou vamos pra casa de vocês - o Chiquinho virou Chicão.
Fiquei olhando para Mirinha. Ela continuava comendo meu frango frito, o sashimi abandonado,a Mirinha achando tudo normal. Limpou os dedos, bebeu o suco todo,olhou bem na cara do Chiquinho:
- Cafezinho? Quem quer cafezinho?

- Cafezinho, sabe como é - explicou Chiquinho,assumindo seus cabelos brancos e a camisa polo com o jacaré verde - cafezinho é desculpa, a gente pode fazer muitas coisas, tá entendendo?Você mora sozinha, tudo bem?Vamos os três.
 Tudo que é safadeza me passou pela cabeça. Que vai acontecer? Estava eu dentro de uma história. Nem sei quantos tons. E a Mirinha nem me olhou. Saiu assim:
- Meu novo amiguinho, seguinte: terça e quinta é dia do Jorjão. Segunda, quarta e sexta, é o Jorginho. Sábado e domingo é dos netos et family. Já está lotado. Não tem mais vaga.
- Jorjão e Jorginho? É uma dupla sertaneja?- Chiquinho riu.
- Não, querido. São meus cuidadores. Como eu moro sozinha, eles FICAM comigo nesses dias. Sabes, cuidador de idoso? Contratados. Carteira assinada.Jorjão tem 23 anos e Jorginho, 19. Um é saltador de parapente e o outro faz judô e jazz.Meus cuidadores. Cama, mesa e banho. CAPICE?
Precisava humilhar, Mirinha? O Chiquinho murchou que nem o peixe cru. Peguei o sashimi, ressuscitei no shoyo e engoli-o,o,o. A cara do Chiquinho... 
Boa história pra contar de despedida de ano. 
Cafezinho...

Adeus, 2015. Mais um ano, menos um ano. Graças pelo que se foi. O que virá, será surpresa.






sábado, 28 de novembro de 2015

ABRIGAR REFUGIADO? COM MULHER E BEBÊ?


                                                                    imagem noticias.uol.com.br
A história é minha. Eu estava presente na festa de encerramento da Universidade da Maturidade do Positivo. Passei meses proveitosos em todos os sentidos ali, no Campus da Praça Osório. Conheci novas e interessantes pessoas, fiz amigos, ampliei minha vida. Esta vida que é eterna, mas finita. Por isso, eu sinto. Se fosse sólida,a vida, eu a comeria, se fosse líquida, eu a beberia.Como é eterna, quero vivê-la até o infinito. Por isso, tem momentos que preciso registrar para que não fujam...                                                                       

A festa estava animada, danças, teatro, poemas, canções, emoções, alunos e professores confraternizando. Mas ainda faltava o nosso professor de Espiritualidade. O Teólogo Prof. Ms. Renato Barbosa, que consegue ativar todos os neurônios, deuses e demônios da minha cabeça.  
Foi assim que ele falou ( ou quase assim):
"Desculpem o atraso, mas eu estava atendendo uma família de refugiados. Eles não têm onde ficar, já bateram em muitas portas, ninguém lhes dá abrigo. Estão longe da terra natal, cansados, famintos, com fome e frio. Perseguidos pela barbárie, vítimas de poderosos,fugindo da própria Pátria. Perseguidos.Essa família já bateu em várias casas e só encontram portas fechadas. Um casal, com um filho."

Eu já me colocava no lugar das "portas fechadas". Já vi haitianos, sérvios, iraquianos buscando abrigo. Na TV, ou ao vivo e em cores. Milhares morrem todos os dias tentando chegar a um lugar para viver.(?) Nunca teria coragem de abrigá-los em minha casa. E desde que nasci, tantas pessoas nas ruas. Brasileiros, como eu.  As pessoas têm medo de abrir as portas. Pelo contrário, nós enchemos nossas casas de grades. Esses pensamentos me acusavam de egoísta, de preconceituosa. E não era só eu, via meus colegas se mexerem, assim, incomodados.Será que ele iria pedir pra nós o abrigo pra essa família?

A voz do Prof. Renato me tirou do instante reflexivo:

"O nome dele é José. Sua mulher, Maria. 
E o bebê se chama Jesus."

Não sei contar tudo, mas foi quase assim. Eu não conseguia falar. Engasguei. Meus colegas silenciaram todos. A história se repete.Todo dia, toda hora.

Quem abrigaria um refugiado, com mulher e um bebê?

( Talvez um cobertor velho, um pão amanhecido,  e que se acomodassem embaixo da marquise do edifício...Jesus, Maria e José. Na Terra Prometida...)

Doeu? Doeu.


domingo, 1 de novembro de 2015

AS NOVAS ADOLESCENTES


Na Globo, a Gisele falou de sua vida.A Gisele Bündchen.Aposentada das passarelas.
No consultório, a Mirinha falou da sua.Vida da Mirinha. Professora Aposentada sexy. Sexygenária, assim se acha.

No Fantástico, Gisele contou que estava se descobrindo.
No Consultório, Mirinha contou que estava invisível.

A Gisele diz que precisa de tempo pra se conhecer.
A Mirinha diz que ninguém mais a conhece.

A Gise defende a família com garras e dentes, mesmo com um marido famoso, lindo e galinha. Amo minha família - diz.Ou seja: É minha, de Gisele, ninguém mexe.
Mirinha ama a família, mas está em crise pois os filhos(filhos? melhor não tê-los,mas se não tê-los, como sabê-lo?)não entendem a sua sexygenariedade e brigam com ela.

Fiquei assim, Ó, sem palavras, pra explicar à amiga(Mirinha, claro) que toda família tem problemas. Até a Gise.Está tentando se encontrar. E a Mirinha, está a se perder...
Será a psicóloga de cada?
A psico da Gise diz que ela tem que se dar um tempo, fazer Ioga, brincar com filhos, ficar cada vez mais linda e rica, "Se encontrar".(no castelo que construiu  ,com todas as empresas e  empregados,mais a imensa família, deve mesmo se perder, vou mandar um GPS pra ela)
A psico da Mirinha diz que ela  deve ignorar a família. Cada um é um. Aprenda que na vida cada um é sozinho. 

Vejamos: Não sou psicóloga, mas a minha psico, a Rosane, é doida, e eu me encontro. Tenho milhões de amigas psicólogas, todas com algum parafuso solto, mas de muito bem com a vida. Já a da Mirinha...
Aposto que a da Gisele não é assim...

A Su (o nome é Suzete, mas ela acha feio) a analista da Mirinha, diz que família é assim,complicada.  "Não dê bola: Mãe é mãe, ovelha é ovelha,cachorro é cachorro... Não deve se preocupar com  filhos, netos,  melhor: com ninguém deste mundo."Até parece que a Mirinha se preocupa com os outros. Ela faz o que dá na telha. Mas quando se trata de filhos...
 Mirinha é doida pelos marmanjos. Aqueles que ela guardou 9 meses(será?) na barriga, amamentou(mentira, só dava Nanon) e cuidou(as babás, uma por cada) até crescerem(duvido, até hoje são bebês), e a Psicóloga diz que eles são estranhos. Estou desconfiando que essa psicóloga precisa de um Freud na vida dela. Sabem o que descobri? Ela, a psico da Mirinha, vive no apê da mãe, que sustenta a dita cuja, uma menina de 38 anos,que nunca viajou sem a mãe, que nunca comprou um sapato sem a opinião da mãe, que só vai às festinhas da academia se a mãe for. Essa é a que fala que mãe é nada a ver.(Faz a teoria, que na prática não funciona - vou dizer pra ela)
A Mirinha precisa saber quem é a Su. Acho que a Su precisa de analista. Daqueles de Bagé.
A cada sessão, a Mirinha chega chorando em casa. Fico ROXA de raiva.

E a Gise precisa se encontrar...Tão perdidinha, tadinha. Tão logo a Gisele, que construiu um império usando a inteligência e a imagem. Devia dizer que quer mesmo é CURTIR.Sou fã da gaúcha.Quer cuidar da família.Tá querendo chamego. Supercerta. Depois que os filhos crescerem, ela inventa outra crise...

A Mirinha em crise de adolescência...ela que se dane. Tão esperta para umas coisas e tão burra para outras...Vou desistir de minha amiga...
Tirei a foto da minha festa que eu fiz pra mim mesma: Ceva,Churras,Salgadinhos e...o controle da televisão...Ser dona do controle da TV...isso NÃO TEM PREÇO! Sou ou não sou mais inteligente que a Mirinha?

Não. Não sou mais inteligente que a Mirinha.
Enquanto isso, 10 da noite,eu aqui sozinha vendo um Fantástico chonho com uma lata de Brahma e uma tira de picanha, só,  e ela... no Bar do Beto, comendo frango a passarinho e bebendo ceva de garrafa, com a turma mais agitada do Planeta, tem mais de 20, dizem que festejando Finados. E ainda se queixa da vida. Entende? Nem a Su entende. 

Mas EU entendo.Me irrita, mas me seduz.As crises da Mirinha são bolhas de sabão. Coisas de adolescente. Estou até com pena da Su.
                                                         . . .
Mirinha, como viver sem ela?Ela é  a incógnita da equação. A última bolachinha do pacote. A minha adolescente da terceira idade.  É o maior desafio de minha vida, sem ela eu seria uma ameba.Ela me estimula...
Quando eu crescer, quero ser como ela.



...E queremos muito que a Gise se encontre...ela é TRIlegal.Grana que chegue, já tem.Vai construir uma fortaleza e proteger a família. Esperta, ela.

sábado, 31 de outubro de 2015

O MUNDO ESPIRITUAL DE MIRINHA

                             O homem é dono do que cala e escravo do que fala.

Quando eu falo, ninguém acredita. 
Mirinha é autista.
Só pensa nela, no que ela gosta, no que quer neste exato momento.
Os outros que se danem.

Pois eu chamei a minha amiguinha porque EU estava meio down, assim, pra baixo, essas coisas que a gente com mais de 60 e que não tem horário inventa.
Pois eu estava precisando de um ombro amigo, desses que só a melhor amiga tem, que a gente chora e se abraça e depois ouve:
 "É bem assim, cada um de nós compõe a sua história e cada ser tem o dom  de ser feliz..."
Só que eu estava me achando INfeliz. Sabe o que a Mirinha me disse? 
- Bella, eu ganhei um anel. Não me servia no dedo. A Abigail(minha amiga do Cassino que já morreu, antes ela do que eu) contava essa história: A moça ganhou um anel que não passava no dedo. ENTÃO ela emagreceu e o anel passou. Ou seja, tudo passa quando a gente emagrece.

Filosofia feminina pura. Até o Freud colocaria esse exemplo no Tratado dos Sonhos. Hoje, mulheres emagrecem e ficam felizes. 

- Bella, seguinte: Estás preocupada com o quê? Emagrece, querida, fofa, amaaaaaada. Vais te sentir mais leve, podes beber mais umas beers, o anel vai servir, mesmo que não seja jóia, apenas bijuteria. Tudo passa, amiga...Sabes qual é o nosso maior aliado nesta nossa vida maledeta? É o tempo. 
Divide o tempo em fatias. Come uma fatia por dia. Como os alcoólicos famosos (os anônimos, eu não conheço, são anônimos). 
POIS É: Comer uma fatia de tempo a cada dia. A de hoje vai ser grande! 
- Mirinha, se eu comer uma fatia por dia, vou engordar. E se para ser feliz eu tenho que emagrecer, vou chamar o Freud. ID, EGO e SUPEREGO. Ou sou feliz ou engordo.
Mirinha me olhou assim, como se eu fosse uma ignorante. 
Fácil essa psicologia feminina: EMAGRECE e serás feliz. 
Amanhã, domingo, é dia de churrasco. De ceva. De pastel. De maionese. De pavê e de comê. 
Ou emagreço e sou feliz, ou engordo e sou feliz. 
Freud, Freud, onde estás?

terça-feira, 27 de outubro de 2015

JOÃO PESSOA - Minha primeira viagem ao Nordeste


Há algum tempo não registro minhas viagens no meu blog, mas hoje, domingo de chuva e frio em Curitiba,vou aprimorar meu álbum de fotos, isso mesmo, nunca mais revelei fotos em papel, mando tudo para as nuvens.Mas todo mundo fica perguntando, então, vai alguma coisa. Pacote turístico da Paraíso Tur, a turma do bolão do Paraná, fui no lugar de uma guria que se operou. A Eugênia foi a minha companheira de quarto, mais uma amiga na minha vida,polaca, uma pessoa muito legal.

Saímos de Curitiba dia 19/10/2015, voo TAM, 7h, com conexão em Brasília.


Chegamos em João Pessoa meio-dia,no hotel antes das duas da tarde. Adiantamos uma hora no horário de lá.
Turma jóia rara.




 Aguardando o checkin, no boteco da frente do resort, praça de alimentação da feirinha de artesanato. Comida ruim, mas cerveja gelada...quem resiste?
        Todo mundo lá conhece como TAMBAÚ. A entrada é tri simpática:




 Nosso hotel, dizem que é o melhor da capital da Paraíba: TROPICAL RESORT TAMBAÚ.
 Quarto bom, jantar excelente, embora uma lata de cerveja seja 7 reais, bora tomar suco e água, incluídos. Café da manhã muito bom, tapioca na hora. Piscinas lindas, grandes, quentinhas, bebidinhas...







 e PRAIA: tudo que eu quero - sombra e ceva gelada... Água quentinha sem ondas, e a paisagem de encher os olhos! Cadeirinhas, guarda sol, tudoque o João levava pra nós. Eu peguei um coqueiro só pra mim...Podia ir pra água e deixar tudo ali,segurança dez.                                                          

O Messias com o coco geladinho. E Brahma gelada.
E o Geraldo tocava cavaquinho e contava mentiras e piadas de sogra, de morrer rindo! 
.
Será o boto cor de rosa?Pois sou eu, a cidade ao fundo, toda me achando.








Ainda na praia do hotel...Ao fundo, a praia pública. Cheia.

Aproveitei minhas manhãs...Amanhece às 5 da manhã, pelas 8 o sol já está caliente, tem que aproveitar, pois à tarde o vento fica frio...


Tinha vendedores de cangas, vestidinhos, macaquinhos, preço bem bom!No último dia a turma da nossa panelinha foi cedinho pra
praia.
A Zelia fazendo pose..
Segundo dia: LITORAL NORTE. LOVINA, parecia um cartão postal,cerca de meia hora do hotel.Mordomia em LIVINA, com direito a lounge e serviço VIP.


Tchau, Lovina...

                                                  Depois, fomos a um OUT LET, prefiro não comentar...Bem OUT.

A nossa guia local, norrrrrdestina...Ó XENTI, sotaque tudo de bom, Irlha o nome dela, bem querida...
Forte Santa Catarina, Sec XVI, primeiras invasões holandesas, o Zé de lá nos contou TUDINHO, 
a primeira invasão dos holandeses, eles saíram derrotados por 40 portugueses mucho valentes...Mas na segunda invasão, vieram 3.000 - aí, não teve como...




Na volta, nos topamos com o Km ZERO da Transamazônica, que até hoje não achou o final...


Fomos ver o pôr do sol no Paraíba
Na praia fluvial do Jacaré. O divertido e diferente passeio, ingresso de 25,00 vale a pena. Recebidos no Catamarã(o barco) pela Maria Bonita e o Lampião aparece pra dançar com a turma.




 Lampião passando a mão...









Esperando o Sol se por... O que vem nas águas é outro...este nos animou no forró, achei que o barco afundaria... 

É nóis...Detalhe da bota que não é bota...








Catamarã igual ao nosso.




...e começa a despedida do SOL! Entra um barco nas águas mansas do Paraíba, e o saxofone do Bira(?) tocando o Bolero, de Ravel... é lindo!

Tchau, Sol. Até Amanhã.


O Sol se foi e nós ficamos, barzinho HOUSE TREE, bar na árvore e tudo de árvore, DEMAIS de original:


VOLTA para o Hotel, depois da Ave Maria na beira do Paraíba...e muitas castanhas, com rapadura, com pimenta, castanha só...

TERCEIRO DIA
Depois de um Baita café, vamos para o LITORAL SUL. Meia hora do hotel, de bus.

Praia de arrepiar os cabelos de tão linda! Ônibus não entra até a praia, sorte minha que tinha bugui...


 Luci, nossa guia de Curitiba. Profissional, organizada, gente boa.


Chamou-me a atenção a ausência de barzinhos na praia, retirados para a preservação ambiental.

Acesso à praia, por dentro da mata nativa.

                                    PRAINHA DO CÓQUEIRINHO, veja bem! CÓqueirinho...Ô XENTI!
Não é de encher os olhos?

Nem precisou guarda sol, a natureza se encarregou...
 Parecia praia do Pacífico, mas sem ondas. Aí entendi o que é marolinha nordestina.
                                 Acho que fiquei horas na água...Bom demais...


 Alugamos cadeiras, compramos abacaxi muito doce com  raspas de limão, bebida gelada, os meninos iam até o bar bem longe da praia para trazer aos turistas.




                                 E os cangaceiros chegaram.

FLAUTA, TRIÂNGULO E BUMBO.
Como quase todos os Paraíbas que trabalham por lá, senti neles uma melancolia de vida sofrida, a pele estorricada,a falta de dentes, os pés rachados.Roupas e chapéus cor de barro transformam as figuras em imagens surrealistas. A música é emocionante e triste. Dá uma dor e uma culpa de estar ali, desfrutando suas riquezas que eles não podem usufruir simplesmente.Comprei um CD que eles gravaram com suas músicas espontâneas, bem tradicionais da Paraíba, talvez para aplacar a consciência...
Melhor passar adiante, apagar essas considerações e seguir para outras praias.
Mas como é linda a Prainha de Cóqueirinhos.

TAMBABA, a primeira praia de Nudismo do nordeste, que hoje se diz Naturismo. Tem a com roupa e a sem roupa. Fui na pelada, óbvio. Eu e mais duas colegas.Homem pelado só entra acompanhado de mulher. Mulher pode entrar sozinha.  Tem uma pousada onde só os garçons usam roupas, ao servir às hospedes, as coisas ficavam penduradas na altura dos olhos delas...Hilário, isso.
A praia é recortada com falésias, tem um coqueiro em cima de uma pedra, ainda acho a foto...Descemos de bugui, claro, embora calçada de pedras, a estradinha é cheia de curvas e desce, desce... Minha colega entrou no mar, peladona, gritava LIBERDADE, LIBERDADE! É bem assim que a gente se sente sem as fantasias que os homens inventaram para tapar nosso corpo lindo de morrer!
Lá fomos nós, de bugui:

Voltando ao hotel. Noite tranquila, comida boa, sala das redes...mensagens no Whats, amanhã volta pra casa...
Redes bem interessantes...

Última noite - A PANELINHA do Paraná Clube.








Na manhã do dia 23, fomos cedinho para a praia do Hotel, relax e papo bom,



Superpoderosa
 Meio dia aeroporto.Toda nossa turma numa fila só, mais de hora para o checkin, vergonha a TAM fazer isso, mas a turma se comportou maravilhosamente bem, bom humor, nada nos faria estragar a viagem. Até a Carmem sentou...na mala!TCHAU, JOÃO PESSOA!
Três horas em Guarulhos. Conheci um nordestino de Natal, que me explicou muita coisa do nordeste, inclusive, que João Pessoa é considerada capital de turismo barato, pelo tipo de gente com pouca educação( isso nós sentimos) e mão de obra barata. Disse ele que Natal é outro nível, infraestrutura para turismo, não se vê tanta miséria(?)-vou acreditar,pois turista só é levado onde tudo é lindo; ele mora em Brasília, trabalha para os Maristas - PUC na área tecnológica, está voltando para a terra onde a esposa fará mestrado. Pude me atualizar um pouco...Será?


Antes do checkout, na praia do Tropical Tambaú Resort...
Eu só não tinha encontrado o herói de meu imaginário do João Cabral, perguntava o nome de tudo que era nordestino,achei Messias, Jesus, Antonio, Geraldo, Aroldo...até que eis que encontrei: o SEVERINO, em carne e osso, até recordei, mais ou menos assim:

"O meu nome é Severino, não tenho outro de pia
Como então dizer quem falo pra a Vossas Senhorias?
Severino da Maria do Zacarias,
lá da Serra da Costela, limites da Paraíba

Somos muitos Severinos, iguais a tudo na vida
morremos de morte igual: mesma morte severina
que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta
de emboscada antes dos vinte
de fome um pouco por dia..."

ESTE foi o MEU Severino:
Como é teu nome? E ele me disse: - Severino, só.

( Eu ainda estava em choque,um dia antes saí do hotel,mesmo com a recomendação da guia:"Não saiam sozinhas, não se afastem do hotel"e eu fui, nem celular nem Cannon nem Ipod, podiam roubar- achei a Peixaria do Duda, casa antiga, Garopa com pirão, coisa de deuses, nunca comi um peixe tão peixe, e o pirão, parecia o da minha mãe, que ela fazia com o molho da cabeça do dourado, predileto do meu pai. Se sobrou no prato foi por tantas pessoas batendo com pratos vazios na frente do restaurante, pedindo comida.Há duas quadras do Tropical Tambaú, onde nós estávamos ilhados. Protegidos da cidade.  E eu lá, comendo do bom e caro. E os Severinos de prato vazio. Acho que vou embora do Brasil.Volto só como turista.Turista não vai na Peixaria do Duda. Turista não dói.) 

Outubro, de 19 a 23 de 2015.
Turma do Bolão do Paraná Clube.
Eu, convidada.
Obrigada!