MINHA VIDA É UM PALCO

MINHA VIDA É UM PALCO
Somos como atores neste palco que é o mundo, as cenas são os dias e noites, e o roteiro quem escreve é a VIDA!A vida depois dos 60. É começar novo, novos horizontes, um mundo diferente e muito mais LEVE! A gente está sempre começando, sempre aprendendo...E aos 60 anos, a gente nasce de novo! A minha Infância da Maturidade! COMO SERÁ NOS 70?Na minha ADOLESCÊNCIA da Maturidade...CHEGUEI! Cheguei chegando imaginando a vida toda...70 ANOS! BÓRA LÁ QUE A VIDA TÁ PASSANDO!!!E até uma PANDEMIA!Nunca pensei ...De repente, ficar presa em casa, sozinha. Se sair, o CORONA VÍRUS pega. Horrível todo mundo sem se tocar.

quarta-feira, 30 de março de 2011

COVA DA ONÇA

Irresistível. Preciso escrever sobre a COVA DA ONÇA. Alguém no Face Book me perguntou o que era. Eu sou totalmente apaixonada. Vermelho, a cor do meu sangue ( mesmo que meu pai dissesse que temos sangue azul de reis, mas podem confundir com outras coisas azuis).
Cova da Onça era um bairro muito pobre e perigoso na Tiradentes. Teve até um episódio, lá,  em que um soldado baleou uma moça que lhe jogou água, os brinquedos tão comuns - e como era bom molhar todo mundo, principalmente os argentinos/correntinos. No carnaval da antiguidade, quando eu era pequena, os blocos carnavalescos, gente pequena e grande, mascarados, tambores e latas e cornetas mas muita animação, saíam a pedir dinheiro com um estandarte cheio de alfinetes para gastar em comida e bebida, enchendo o saco nas casas, enquanto não ganhassem algum, não saíam.
( Acho que a tal de Halloween em que crianças fantasiadas pedem doces, lá nos States, foi copiado dessa nossa festa.Ksksksksks. )
Com o carnaval carioca de escolas de samba organizadas, trazido para dentro de nossas casas pela TV, as cidades brasileiras  tentaram fazer o seu carnaval.  Em Porto Alegre , era uma coisa muito engraçada, tribos e tribos de índios saíam às ruas. Alguns bem pobrezinhos, dava pena. Não era samba, era batuque.
Pelotas tinha o mais rico carnaval do RS, salões chiquérrimos, até hoje acontecem os concursos de fantasias de luxo.
 Em Uruguaiana, fronteira com Paso de Los Libres (dos correntinos),  a coisa começou assim: No Clube Comercial, os blocos dos ricos BIGBEM e PICHICHÊ ( acho que se escreve assim) rivalizavam com os blocos dos remediados do  Clube Caixeiral, CONFETI e PIF PAF. Sempre dava briga quando, no final dos bailes, saíam para a praça, já de manhã. Penso que daí surgiram as escolas de samba Rouxinol e Cova da Onça, que levaram muita gente dessas duas "facções" inimigas. Sei que antes e depois dessas duas, havia grandes escolas,falarei depois,  mas foi na COVA DA ONÇA que, pela primeira vez, pude sair na avenida. ACOMPANHANDO OS FILHOS!!!!! Meu pai não deixava " me juntar com essa gente", meu marido não deixou eu sair nem na ala das baianas, então, "botei meu bloco na rua" com meus três filhos pequenos ainda, lindos, fantasias maravilhosas,  desfilando, e eu do lado,vestida de mãe-que-acompanha-os-filhos, acompanhando e de vez em quando dando umas sambadinhas.E a Cova foi Campeã.  E agora, num CARNAVAL FORA DE ÉPOCA DE URUGUAIANA, cheio de luxo, o 2º maior do Brasil, para nós, mais emocionante que o do Rio, minha escola é de novo CAMPEÃ!
COVA DA ONÇA EU TE AMO!!!!
CAMPEÃ 2011!! Até vou colocar a foto do meu irmão gêmeo que é da diretoria.

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