MINHA VIDA É UM PALCO

MINHA VIDA É UM PALCO
Somos como atores neste palco que é o mundo, as cenas são os dias e noites, e o roteiro quem escreve é a VIDA!A vida depois dos 60. É começar novo, novos horizontes, um mundo diferente e muito mais LEVE! A gente está sempre começando, sempre aprendendo...E aos 60 anos, a gente nasce de novo! A minha Infância da Maturidade! COMO SERÁ NOS 70?Na minha ADOLESCÊNCIA da Maturidade...CHEGUEI! Cheguei chegando imaginando a vida toda...70 ANOS! BÓRA LÁ QUE A VIDA TÁ PASSANDO!!!E até uma PANDEMIA!Nunca pensei ...De repente, ficar presa em casa, sozinha. Se sair, o CORONA VÍRUS pega. Horrível todo mundo sem se tocar.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

POR ENQUANTO

 

                  Por enquanto , eu estou tri feliz por poder dirigir e ir aonde quiser e estiver com vontade. Como, por exemplo, ir ao supermercado só  para passear e achar gente. Fui.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                    Encontrei uma colega de hidro num desses encontros planejados. Ela estava comprando doação para os moradores de rua. Entre óleo de soja e material de limpeza, tinha muitas linguiças para um sopão. Às vezes, um sopão é a única comida quente que esse povo  come no dia. Eu queria dizer pra ela que nós, AS GATAS, também temos um grupo da igreja que faz doação, a Edith coordena, pessoas em situação de vulnerabilidade, nome novo pra gente carente de tudo, mas quem diz que consegui lembrar o nome da igreja. Nós rimos muito, porque ela também, com mais de 70, não lembrava meu nome, nem eu o dela. A senhorinha da nossa frente, no caixa, precisou recorrer ao celular para lembrar a senha do cartão para pagar as compras ( isso tudo acontecia na fila das prioridades!!!). No celular, o nome da filha. Com a senha do cartão. Boa ideia, eu e a amiga vamos aproveitar e gravar nossas senhas para o futuro, no nome dos filhos. Se não esquecermos.                                                                                 No caso da colega, foi mais fácil me lembrar: ela tem uma loja aqui no Vila Izabel, SHIRLEY, que demorei um pouco, mas consegui falar. Aquela coisa de  associação: uma coisa leva à outra. O meu nome, eu tive que dizer, pois não tenho uma loja de roupas de festa, como o da Shirley. Levamos tudo na gozação, vamos fazer novo grupo, " As Esquecidas da Hidro". 

E com muita emoção e gratidão, agradecemos aos nossos anjos que , POR AINDA, POR ENQUANTO, podemos ir sozinhas ao supermercado e usar o celular. 

POR ENQUANTO, 

SABEMOS O CAMINHO DE CASA.   

INSTITUCIONALIZADO "O DIA DAS GATAS"

 


                                                                 AS MIGAS GATAS



O que significa INSTITUCIONALIZAR? 

Oficializar, legalizar, legitimar, sancionar, regularizar, reconhecer, certificar, autenticar.

Foi isso que fizemos. Nós, as Gatas. 

Segunda-feira, o dia, ou melhor, a tarde da reunião das Gatas. 

Meu grupo, agora conhecido no whats up como MIGAS GATAS, foi fundado em 5 de dezembro de 2025. Começou com o objetivo de nos reunirmos fora da Universidade da Maturidade do Positivo, onde estudávamos ESPIRITUALIDADE todas as segundas com o professor Renato Barbosa. 

Formamos uma panelinha e saíamos para tomar chá, chopp ou jogar mexemexe na casa de alguém. 

Quando o professor Renato saiu do Positivo, as aulas ficaram sem graça e decidimos continuar a panelinha com os encontros esporádicos para festiar. Tivemos uma época na casa escolhida pela professora Psicóloga Sandra Moreira, nossa coordenadora na Universidade e até hoje uma guru na minha vida. Tivemos um profe psiquiatra maravilhoso que também ficou chato. Tivemos um filósofo poeta também muito bom. Mas ainda não era o que queríamos. Fomos para o consultório de psicologia da Neiva, Gata Psicóloga coordenadora de assuntos psicológicos e de interesse, tipo Máscara, Sentimentos, Depressões, e tudo que era imediato, política, bordado, economia, comida, direita e esquerda com o centro sempre na atualidade. Família, família, família. De repente, o grupo se transformava em uma pequena família, um confessionário com exorcismo e muito carinho. 

 Com uma pausa, ou recreio ou  merenda ou comilança,  com gostosuras e travessuras. E muito papo gostoso como a vida é. Então...segunda-feira, 14 horas, na Neiva, nossas aulas se transformaram em amizade coletiva, aquele tipo de amizade grupal.  

Chegou a pandemia. As Gatas não saíram mais para o teto de zinco quente. Um vírus assustou todo mundo, aterrorizou os povos, cortou as reuniões de segunda. Mas as Gatas são atualizadas, entraram nos computadores, aprenderam a fazer reuniões, chats, zoom, grupos no messenger. Não era tudo que queríamos, mas era o que tinha naquela hora. Computadores e celulares, onde o vírus não nos pegava. Nada mais detinha AS GATAS. 

...mas aquilo também era chato.

Precisávamos da presença física, do toque. Das histórias reais de nossas vidas, da terapia cara a car dos nossos encontros, do mexemexe para nossa memória e dos nossos lanchinhos! Ah, os nossos lanches!

Passou. A pandemia foi vencida pela vacina. Saímos para a rua.

Estávamos em 20 de fevereiro de 2023. As reuniões  recomeçaram, timidamente, com um pouco de medo, A pandemia tirou alguma coisa de nós. Ainda não sabemos o quê. Acho que ficamos um pouco brochas. Mas as segundas continuaram, cada semana na casa de uma GATA. Aos poucos, com os assuntos escolhidos com cuidados, voltamos à atividade. 

A Neiva tirou um câncer de mama. está em tratamento. Vamos nos reunir a cada segunda numa casa. Para não desmobilizar o grupo. Duas já fazem um bom papo. três já é grupo. 

 Janeiro e fevereiro, o grupo desmobilizou. Veio o carnaval, e agora estamos fazendo esforços para juntar as cinzas. 

Novos eventos, novos e velhos filhos e netos, famílias, idades, tem a Yeda com novas ideias, vamos ver como vai ficar. Todo mundo muito ocupado. 

Eu sinto falta das segundas das Gatas. A Laia nos convidou para uma galinhada na casa dela, na Praça Osório, centro de Curitiba. Oba! Será que as Gatas vão miar de novo? Novas reuniões?  MIAU. 

                                                                        Curitiba, 20 de janeiro de 2020. 



Gata Chefe no NavioGatas no navio
 Gatas no São João                                                                  
                                                                            Coral das Gatas - Aniversário da Edith - 

Arrumada para LIVE COM COVID


Gatas na Pandemia.                                                                                                                  Máscaras customizadas by Gladis

Migas com Casal LU e JR, Novos. 

Níver da EdithGramado





quarta-feira, 13 de março de 2024

2023 - SEM COMPUTADOR, SEM BLOG

 

De repente, uma tontura. 

(E.T. Antes era labirintite, agora não pode mais dizer labirintite, que é uma doença muito grave, tem que dizer vertigem ou tontura, tá bom, dra. Rita de Cassia).

Depois de muita medicação para equilibrar meu cérebro, até acupuntura e florais estou usando, peguei minhas anotações a partir de 20 de fevereiro de 2023, e aqui estou eu, passando para meu  http://bellabereg.blogspot.com.br.

Portanto, vou começar a registrar a partir de 20 de fevereiro de 2023. Vamos ter que nos teletransportar para mais de um ano ao passado. Parece bagunça, mas em seguidinha faremos essa viagem.






sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

ÍNDIO BRAVO

 

13 de fevereiro de 2024

TERÇA FEIRA DE CARNAVAL


Dei TCHAU pro Olavo, meu irmão.

Olavo morreu, numa terça-feira de carnaval.

Foi velado na Câmara Municipal de Uruguaiana.

Como sempre gostou de fazer as coisas:  APARECENDO. MARCANDO PRESENÇA.

Gostava de aparecer. Era muito bom nisso.

Talvez seja mania de BELLAGAMBA. 

Assim como meu outro irmão Candido, Olavo sempre foi exibido. 

Tivemos muita história, quando ele, o Olavo, era pequeno. Lembro dele até o fim da adolescência. Casou, teve filhos, ainda estive um tempo com elas, as gurias. Depois, outras fases que acompanhei de longe. 

Muito parceiro da minha família. Amigo. Muito amigo. Meu marido tinha muito carinho por ele.

Eu o chamava de ÍNDIO BRAVO, BRAVO de VALENTE, INTELIGENTE, AFETUOSO. 

Olavo me chamava de GLADES, com E. É a última referência entre nós. Uma semana antes de morrer.

Meu ÍNDIO BRAVO. 

Morreu aos 63. anos. 


 

11 de fevereiro de 2024

DOMINGO DE CARNAVAL


Nem parece que é carnaval em Curitiba.

Se eu estivesse em Uruguaiana, estaria fantasiada, na frente da casa da mãe, jogando água nos argentinos que passavam de carro para serem molhados e reclamarem que estavam molhados... 



terça-feira, 25 de julho de 2023

ALÉM DO TRIVIAL

 

No início, foi apenas um programa. Ir ao cinema é um passeio trivial. Não para nós, AS GATAS. Tarde de segunda, vamos ver BARBIE ? Eu não conhecia o Jockey Plaza. Éramos só 4. Bóra lá.

Gostamos de participar de eventos que reúnem as massas, seria futilidade um filme infantil? E a Barbie faria 50 anos? Estaria com dores e enrugada? Sempre com aquele corpo de miss? Cabelo loiro, olhos azuis, sapatinhos de salto? Com aquela casa linda que nem toda mãe consegue comprar para a filha... 

Quem vai? Por que vai? Como, quando, onde? Um cinema não custa pouco, é hoje dentro de um templo de consumo, só uma praça de alimentação e uma loja com luzes e brilhos explodem o cartão de crédito. R$ 28,00 uma caixa repartida ao meio pra pipoca doce e pipoca salgada. Média. 

Por que não esperar o filme na TV, na Net, no computador, ou no celular? Simples: Não podemos perder o movimento, o desfile de modas e neste, o cor de rosa dos sapatos às roupas, casacos, pompons, bolsas... É dia de BARBIE, a curiosidade do inédito é desconcertante. 

Lá estávamos nós, num mar de gente feliz, a energia da BARBILÂNDIA contagiando, as vovós e amigas senhorinhas enfiadas numa caixa rosa, com balões rosa , tons de rosa e camiseta original de Barbie. Não tem como fugir do contexto.                                             

                                                                                                                                                                                                             Queremos surpresas, brilhos, batons rosa choque, emoção e delírios. Somos levadas pela energia barbilíndia, esquecemos dos joelhos e corremos para entrar logo, pois  começa o filme e lá está BARBIE. 

Eu já vi muitas Barbies. Desde as primeiras, tenho duas gurias que ganharam bonecas e...  A BARBIE.  Muitas Barbies, mas cada uma era A Barbie. As amigas tinham Barbie. Nas festas, presente era Barbie. Natal, Barbie. Agora sou vovó e ainda compro Barbie. Algumas sobreviveram, outras ficavam sem roupas, tinham os cabelos cortados ou amados e copiados. Passados mais de 5 décadas, as  Barbies, estão em todos os estilos, assumiram todas as profissões, raças, esportes; tem rainhas, princesas, gordas, astronautas,  sereias, borboletas, cadeirantes, e surgiu um KEN para acompanhar a Barbie, e um Alan. Eles, também, assumiram papéis; salva vida, surfista, ciclista, todos que a Barbie precisa. Eles amam a Barbie.

Começa o filme no mundo perfeito, maravilhoso, cor de rosa com casas, clubes, lojas, mares, coqueiros, refrescos e copos, acessórios,  o mundo da Barbie . 

Não posso nem devo contar o filme. Mas deu muito pano pra manga. A BARBIE  atravessa o portal pra dimensão real dos humanos. E fica chocada ao se deparar com as meninas que brincavam de Barbie e que agora estão sem tempo e condições  para realizarem os sonhos. 

Na expectativa de um filme infantil, ficamos com muitos assuntos para discutir. Estamos num momento muito delicado, qualquer opinião pode ser entendida como preconceito, falar de feminismo ou machismo seria discriminação, até a palavra fascista passou a ser estupidamente banal. 

Com todo o cuidado de manter a sétima arte que é o cinema na sua função artística, exploramos o evento com todo o respeito às lembranças de cada Barbie com quem convivemos, e entre donuts, cafés, chopes, pipocas, doces e travessuras, ficamos observando fora da sala do cinema: roupas pretas, maquiagens pretas, saltos finos e altíssimos, roupas coloridas com muito rosa, roupas e corpos de Barbies (e pensar que fomos e usamos tudo isso), porque é  importante ver alegria no mundo. Também.

Uma tarde que precisa ser contada aqui. Registrada sem medo de ser feliz. Cor de rosa.  

  

O MUNDO COR DE ROSA



                                                                                                                                                         

EU SOU A BARBIE. 
                           Não sou UMA BARBIE. 
Sou simplesmente, A BARBIE, aquela da década de 70, 90, 2020. Sou, hoje, americana, loira, morena, negra, modelo, cadeirante, esportista, gorda, princesa, sereia, sou sempre e simplesmente BARBIE.
 Um filme, fizeram um filme da Barbie. Eu. 
E eu  fui até a dimensão da vida real, encontrei as avós e amigas das minhas donas que foram me ver. Elas se identificaram como AS GATAS. Será que me entenderam? Será que entenderam que ser BARBIE é ser uma boneca?
 SER BONECA sempre, não é fácil. Quando fui descoberta, virei produto de consumo. Mais do que isso: virei desejo das crianças. Onde tem crianças, tem brinquedos. Onde tem brinquedos, tem BARBIE. Barbie de tudo imaginado. As meninas queriam e querem Barbie.  Algumas me judiaram, me quebraram, queimaram meus cabelos, arrancaram minhas roupas. Quem sabe, queriam fazer isso com elas, ou com as mães, ou com irmã ou amigas das irmãs. Outras crianças, faziam um castelo pra mim, faziam coleções, me endeusavam, queriam ser EU, A BARBIE.
 E eu fui mudando de acordo com o que o mundo pedia. E o mundo criou um mundo pra mim, casas, piscinas, balanços, cidades e, é lógico, inventaram um Ken na minha vida. Um boneco. Crianças aceitaram o Ken mais ou menos. Pois outros Kens surgiam para acompanharem as Barbies, Ken surfista, Ken operário, e por aí vai, para o  mundo da Barbie. Fui na dimensão dos humanos e me apavorei com a diferença dos homens e das mulheres. Uma briga pelo poder dos homens e as mulheres trabalhando muito, sem tempo para serem  Barbies.  As aventuras continuam. Voltei para meu mundo. Estamos diferentes, mas continuamos Barbies. E os Kens sempre querendo nos conquistar.
( Não vou dar spoiler do filme ). 

 Eu continuo, até hoje, um brinquedo de acompanhamento na infância. 
Barbie existe e vai mudar sempre para atender o desejo das crianças... e vai custar o que os pais e padrinhos e avós podem pagar. 
O imaginário infantil existe, as histórias vão colorir as fantasias, por mais que a internet apresente atrações virtuais, eu estarei nas mãos das crianças, apenas BARBIE.
 Na dimensão real, os seres humanos querem me responsabilizar por suas conveniências íntimas, alguns querem até acabar comigo, eu incomodo? Por quê?  Porque eu só atendo às fantasias infantis. E crianças são eternas.
Muita gente vai me ver no cinema. Eu tenho fãs de todas as idades, as mães de 50 anos brincaram comigo, quiseram ser eu - ou não. Eu me vejo por aí. de todo jeito, com roupas de toda moda, e sempre tem um Ken querendo me conquistar. 
Virei filme. Até querem me humanizar. Mas eu sou boneca. Para sempre.                             
As senhoras foram me ver no cinema. As GATAS. De cor de rosa. Tiraram foto na minha caixa.  Aplaudiram de pé minha atuação. E me pediram: " BARBIE, fique no seu mundo. Você é uma boneca e cada criança é um universo onde sempre serás a realização ou não de um sonho. E são os sonhos, os desejos, as vontades que constroem o mundo real. Onde existem crianças, existem bonecos. Desde a origem, até os fins dos tempos. É o mundo da fantasia. Para onde as vovós são levadas. 
Ah, se não fosse esse mundo com as crianças, como passar pelo tempo? A gente ficaria parada. Bóra lá.  BARBIE, tu és eterna. Quem passa pelo tempo somos nós, simples  mortais."



"A vida é uma fatia de tempo. A vida é um privilégio que temos  neste momento de eternidade. E para nós, humanos, a eternidade é finita" ***  

                                    

*** Bellabereg - Byron Bay - 10/01/2015