Mas isso que é economia...Nós, que estamos vivos - ainda - livramos nossos parentes e amigos de terem que comprar flores, velas, limpar nossos túmulos, rezar muito... Então, devemos fazer a reflexão de VIVOS:
será que vale a pena mandar fazer aqueles túmulos sofisticados, gastar uma grana para guardar os finados?
Tudo bem, rezar, lembrar, saudade, sentir o enorme vazio da falta física dos que se foram, uns mais cedo do que a lógica inventada por nós mesmos...Alguns muito mais amados...Uma dor que não se explica, apenas se sente.
Hoje tem na cultura ocidental a inserção da cremação. Higiênica, prática, ainda cara, muito antiga, mas pra nós ainda rodeada de preconceitos. Guardar as cinzas? Onde? Fazer um túmulo para as cinzas?
Pois eu quero ser cremada quando morrer, e, IMPORTANTE, se puderem aproveitar algo para doação - isso é muito importante, precisamos deixar muito claro aos nossos parentes que doem o que possa servir a alguém que precisa, DOAÇÃO DE ÓRGÃOS, tanta gente precisando, é tão fácil, registrar em carteira, carregar a autorização sempre - não deixar para depois, nunca se sabe se um avião não vai entrar agora pela nossa janela...
Sou uma romântica, quando ainda não havia aqui essa de cremação, eu me imaginava no cemitério, uma foto bem bonita - já escolhida, a de minha formatura, com chapéu e tudo - para que passassem e dissessem olha quem está aí, e fizessem bastante fofoca de minha vida bagunçada - que diriam?
Hoje, continuo romântica, daquelas do Mal do Século " FOI POETA, SONHOU E AMOU NA VIDA", só que quero ser cremada e as cinzas jogadas nas águas de qualquer mar, ou rio, o que estiver mais próximo...se for mar, melhor. Que lindo!
Hoje é um dia de saudade!
A vida começa aos 60 anos. ATUALIZANDO...a vida começa aos 74. Agora, já estou com 75. A pandemia do Corona Vírus passou. A COVID se transformou em doença, que precisamos tomar vacina todos os anos, o vírus se transformou em coisa igual sarampo. POR ENQUANTO, estou escrevendo, copiando crônicas que escrevi nesses tempos de estranheza numa realidade de idosa. QUANDO eu ficar velha, talvez não tenha vontade de escrever mais.
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