Há poucos minutos, acabei de conhecer Izabel Allende. E de dar um adeus à Paula, filha dela, que também é o nome desse romance capaz de esclarecer o significado do nascer e morrer. E do que é o amor incondicional. A filha de 28 anos, uma pessoa especial, dedicada a viver para fazer a felicidade dos outros, sadia, linda, alegre, de repente manifesta uma doença rara - porfíria- e fica num estado de coma por mais de um ano. E Izabel - a mãe - ali, sempre. Esperando o acordar de Paula. Escrevendo para a filha, falando pelas letras, recordando a vida, como se a moça estivesse ouvindo e para que lesse ao acordar.
Desde que comecei a ler esse livro, " PAULA", de Izabel Allende, fiquei extasiada: a narrativa me prendeu e fui feliz e fui triste, e fui e voltei, viajei no tempo cronológico, na dor imensurável da mãe que espera um despertar que não acontecerá, no tempo concreto das palavras e no tempo sem relógio dos delírios . Desde golpes militares, perseguições, exílios, amores e separações, Chile, Caracas, Espanha, San Francisco, até sentir coisas inexplicáveis, como as visitas em sonhos e dos espíritos, ficou o realismo fantástico do que existe entre o nascer e o morrer: o amor. Assim. Simplesmente amor.
A vida começa aos 60 anos. ATUALIZANDO...a vida começa aos 74. Agora, já estou com 75. A pandemia do Corona Vírus passou. A COVID se transformou em doença, que precisamos tomar vacina todos os anos, o vírus se transformou em coisa igual sarampo. POR ENQUANTO, estou escrevendo, copiando crônicas que escrevi nesses tempos de estranheza numa realidade de idosa. QUANDO eu ficar velha, talvez não tenha vontade de escrever mais.
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