Levei os exames de rotina para meu médico olhar. Estava meio preocupada, mesmo passando em quase tudo, fiquei em recuperação em alguns colesteróis e triglicerídio. Prontinha pra receber umas reprimendas: não comer gordura, nem carne, fazer exercícios, essas coisas que não gosto. Uma senhora ao meu lado conversou comigo, na sala de espera. Pose de baronesa, sedas e cabelos azulados, uma dama. Entre mosquitos da dengue, limpeza de caixa d'água, gostar mais de química ou história, eu esqueci de física e amo literatura, ela adora matemática e não gosta de idiomas, que é que tu fazes hoje? ela perguntou. Eu escrevi um livro. Como é o nome? POLIMERASE. O quê? POLIMERASE. O que é isso? É uma enzima. Por que esse nome? Porque é um código para uma experiência científica que pesquisa a cura de Parkinson. É verdade? Não, é ficção. Pois veja que coincidência, eu tenho Parkinson, está no início, estou me tratando, mas é muito difícil imaginar o que vai acontecer comigo. Céus, pensei, um outro Alan Lewis...
O médico chamou a senhora. Ainda bem. Saí do consultório sem mostrar meus exames. Não queria ver a senhora. A vida imita a arte. É difícil. Amanhã volto. Se puder, fico calada.
A vida começa aos 60 anos. ATUALIZANDO...a vida começa aos 74. Agora, já estou com 75. A pandemia do Corona Vírus passou. A COVID se transformou em doença, que precisamos tomar vacina todos os anos, o vírus se transformou em coisa igual sarampo. POR ENQUANTO, estou escrevendo, copiando crônicas que escrevi nesses tempos de estranheza numa realidade de idosa. QUANDO eu ficar velha, talvez não tenha vontade de escrever mais.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
LUTO
Sabem que existe Laboratório de Estudos do Luto e Intervenções sobre o Luto na PUC de São Paulo? Eu não sabia até ler na revista.
" O LUTO se compara à imagem de um caleidoscópio - os sentimentos dos enlutados, conflitantes e contraditórios,se rearranjam numa composição diferente e inesperada. E cada indivíduo sente de uma forma. O luto não é UM sentimento, é um turbilhão deles. o Luto é uma tempestade dentro do coração."
Moacyr Scliar, nosso grande escritor, morreu ontem. Imagino cada leitor, cada colega, amigo, parente, cada um, com um caleidoscópio. Alguns cheio de cores e formas coloridas e alegres, com tudo que esse homem fez de bom. Outros, de uma cor só, talvez roxa ou preta ou branca, a dor dolorida da falta, da saudade de filho, mãe, ou companheira. De que cor é cada sentimento? O meu caleidoscópio onde ficou Moacyr Scliar tem uma imagem cheia de letras, uma coisa que ele disse quando perguntaram por que ele sempre falava dos judeus: "É para que não se esqueçam." Imagino que o caleidoscópio do Scliar com o luto dos judeus devia ter cores tristes, para nunca mais esquecer. É quando a dor fica latente: parece que acabou, mas está sempre lá, esperando, para doer de novo a cada lembrança. O luto coletivo, gerações queimadas em fornos, em câmaras de gás. Tragédias como terremotos, guerras, acidentes. Pessoas que morrem sem que haja a previsibilidade, a circunstância. O luto inesperado. Dizem os estudiosos que esse dói mais. Porém...luto é luto. Eu penso que sempre dói. Enigmático. Caótico. Inevitável, posto que somos todos finitos.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
O LOBISOMEM
Quando eu conto que vi um lobisomem, todo mundo diz que é mentira. Mas eu vi. Tem uma história, até eu apresentá-lo a vocês.
Quando eu ia para a escola, o Círculo Operário, passava pela casa dele. Na quinze. Ele era um homem muito alto, estava sempre à janela, era uma casa das que ficam com a parede na calçada , duas janelas e a porta no centro, sem muros, às vezes eu me esquecia e quando me dava conta, estava embaixo da janela do seu Firo ( vou chamar de seu Firo, não posso usar o nome verdadeiro, os parentes podem não gostar de ter um lobisomem na família). Parece que ele ficava ali esperando nós passarmos: eu e minha amiga Malu (que morava numa casa de outra rua,dobrando a casa do seu Firo, os fundos da casa dela davam pros fundos da casa dele)tínhamos muito medo do seu Firo. Está meio complicado, mas história de lobisomem é assim.
Um dia, seu Firo nos esperou parado à porta: muito alto, calças pretas imensas, camisa branca de mangas cortadas pela metade, um olho meio fechado, uma bengala imensa, daquelas trabalhadas, de madeira."Meninas, querem uns caramelos?" Pernas pra que te quero - nunca corremos tanto. Chegamos no colégio apavoradas, dona Terezinha, a professora, nos ouviu. " Pobre do velhinho, por que vocês fugiram?" ( Naqueles tempos, não se sabia nem o que era pedofilia, velhinho era velhinho, mesmo). Só voltamos para casa pela calçada oposta à do seu Firo - a da Vila Militar. E ainda estavam construindo um castelo ao lado da casa dele, eu tinha certeza que era do Drácula, um castelo de verdade, quem duvidar, vai lá ver.
A empregada do seu Firo foi comprar carne no açougue do meu pai, contou que seu Firo não tinha parentes, era solteiro e solitário,só comia carne crua.Todo mundo comentou.
( mas ele tinha parentes, sim, vieram pra herança).
Era noite. Eu na casa da Malu, minha mãe deixou porque minha irmã mais velha estava lá também, na casa da vizinha. As pessoas se visitavam, era um bom papo no lugar da TV que não existia. A gente estava na sala dos fundos, jogando canastra. Foi-se a luz. Velas acesas, todo mundo da casa na mesma peça. ( não esqueçam os terrenos de fundos das casas Malu-seu Firo ). Noite de lua cheia, janelas abertas. Uivos dos cães de um vizinho, sargento do exército, parece que estavam chorando(os cães - um deles se chamava Inho, furioso, sempre na corrente), gritaria das galinhas no galinheiro da mãe da Malu. Fechamos as janelas muito rápido, luz de vela deixa tudo mais misterioso. Barulhão no galinheiro, a mãe da Malu estava pronta para ir ver o que acontecia. Um baque na porta, como se um bicho muito grande estivesse se jogando e arranhando." Deve ser uma raposa, daquelas que roubam galinhas, ou o cachorro, o Inho". Todos nos abraçamos, Dona Zilu não teve coragem de sair. Os cães do vizinho estavam enlouquecidos. Voltou a luz. Um uivo mais longo, o sargento-vizinho deu uns tiros . Dona Zilu abriu a porta, a janela, um cachorro muito grande pulou o muro para o terreno do seu Firo, eu vi, um rastro de sangue. "Acertei o bicho"- gritou o sargento-vizinho. Luzes no pátio, galinhas sem cabeça, o Inho com a garganta rebentada, a porta toda arranhada.Uma sanguera só.
É O LOBISOMEM! Eu e Malu gritando: É O LOBISOMEM! O sargento-vizinho também pulou o muro, mas só tinha uma poça de sangue.
Voltei para casa nos braços do pai da Malu, tremendo, chorando, passei muito tempo sem sair à noite( à noite as crianças brincavam de roda, de mocinho, não tinha perigo). E o seu Firo só apareceu uma semana depois, com o braço na tipóia. A empregada disse que ele caiu no banheiro. Mentira. Os outros não querem contar. Mas eu conto. Ele era o LOBISOMEM. Ele rebentou as galinhas de Dona Zilu e rasgou a garganta do Inho. E muita gente que não acreditava, passou também a não sair nas noites da lua cheia. E eu conto: Eu vi. Parecia um cachorro, ou um urso imenso. Eu vi O LOBISOMEM se rolando no chão.Todo mundo viu, mas tem vergonha que não acreditem. E era o seu Firo, o Lobisomem.
Eu só tive paz depois que ele morreu.Eu e toda vizinhança. Mas ninguém conta. Eu conto. Eu VI...Tem gente que não acredita. Até o dia em que se topa com um...
Quando eu ia para a escola, o Círculo Operário, passava pela casa dele. Na quinze. Ele era um homem muito alto, estava sempre à janela, era uma casa das que ficam com a parede na calçada , duas janelas e a porta no centro, sem muros, às vezes eu me esquecia e quando me dava conta, estava embaixo da janela do seu Firo ( vou chamar de seu Firo, não posso usar o nome verdadeiro, os parentes podem não gostar de ter um lobisomem na família). Parece que ele ficava ali esperando nós passarmos: eu e minha amiga Malu (que morava numa casa de outra rua,dobrando a casa do seu Firo, os fundos da casa dela davam pros fundos da casa dele)tínhamos muito medo do seu Firo. Está meio complicado, mas história de lobisomem é assim.
Um dia, seu Firo nos esperou parado à porta: muito alto, calças pretas imensas, camisa branca de mangas cortadas pela metade, um olho meio fechado, uma bengala imensa, daquelas trabalhadas, de madeira."Meninas, querem uns caramelos?" Pernas pra que te quero - nunca corremos tanto. Chegamos no colégio apavoradas, dona Terezinha, a professora, nos ouviu. " Pobre do velhinho, por que vocês fugiram?" ( Naqueles tempos, não se sabia nem o que era pedofilia, velhinho era velhinho, mesmo). Só voltamos para casa pela calçada oposta à do seu Firo - a da Vila Militar. E ainda estavam construindo um castelo ao lado da casa dele, eu tinha certeza que era do Drácula, um castelo de verdade, quem duvidar, vai lá ver.
A empregada do seu Firo foi comprar carne no açougue do meu pai, contou que seu Firo não tinha parentes, era solteiro e solitário,só comia carne crua.Todo mundo comentou.
( mas ele tinha parentes, sim, vieram pra herança).
Era noite. Eu na casa da Malu, minha mãe deixou porque minha irmã mais velha estava lá também, na casa da vizinha. As pessoas se visitavam, era um bom papo no lugar da TV que não existia. A gente estava na sala dos fundos, jogando canastra. Foi-se a luz. Velas acesas, todo mundo da casa na mesma peça. ( não esqueçam os terrenos de fundos das casas Malu-seu Firo ). Noite de lua cheia, janelas abertas. Uivos dos cães de um vizinho, sargento do exército, parece que estavam chorando(os cães - um deles se chamava Inho, furioso, sempre na corrente), gritaria das galinhas no galinheiro da mãe da Malu. Fechamos as janelas muito rápido, luz de vela deixa tudo mais misterioso. Barulhão no galinheiro, a mãe da Malu estava pronta para ir ver o que acontecia. Um baque na porta, como se um bicho muito grande estivesse se jogando e arranhando." Deve ser uma raposa, daquelas que roubam galinhas, ou o cachorro, o Inho". Todos nos abraçamos, Dona Zilu não teve coragem de sair. Os cães do vizinho estavam enlouquecidos. Voltou a luz. Um uivo mais longo, o sargento-vizinho deu uns tiros . Dona Zilu abriu a porta, a janela, um cachorro muito grande pulou o muro para o terreno do seu Firo, eu vi, um rastro de sangue. "Acertei o bicho"- gritou o sargento-vizinho. Luzes no pátio, galinhas sem cabeça, o Inho com a garganta rebentada, a porta toda arranhada.Uma sanguera só.
É O LOBISOMEM! Eu e Malu gritando: É O LOBISOMEM! O sargento-vizinho também pulou o muro, mas só tinha uma poça de sangue.
Voltei para casa nos braços do pai da Malu, tremendo, chorando, passei muito tempo sem sair à noite( à noite as crianças brincavam de roda, de mocinho, não tinha perigo). E o seu Firo só apareceu uma semana depois, com o braço na tipóia. A empregada disse que ele caiu no banheiro. Mentira. Os outros não querem contar. Mas eu conto. Ele era o LOBISOMEM. Ele rebentou as galinhas de Dona Zilu e rasgou a garganta do Inho. E muita gente que não acreditava, passou também a não sair nas noites da lua cheia. E eu conto: Eu vi. Parecia um cachorro, ou um urso imenso. Eu vi O LOBISOMEM se rolando no chão.Todo mundo viu, mas tem vergonha que não acreditem. E era o seu Firo, o Lobisomem.
Eu só tive paz depois que ele morreu.Eu e toda vizinhança. Mas ninguém conta. Eu conto. Eu VI...Tem gente que não acredita. Até o dia em que se topa com um...
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
O primeiro comentário sobre Polimerase foi de uma amiga de Bellabereg, uma excelente psicóloga, de Porto Alegre, devoradora de livros, uma crítica de muito peso. " Eu nunca li algo assim. Não há pretensão dos personagens, a vida vai acontecendo. E um dado estranho: não tem mocinho. Ninguém é aquela pessoa bem certinha." Dedução: quando não há mocinho, protagonista é o malvado? Onde estão os heróis ou os anti-heróis ou os bandidos? Quem é Donna Cooper? Até agora, só uma pessoa falou que gostou de Donna Cooper, " é uma mulher forte, sabe o que quer".
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
DELIVERY DO ADÃO
Quando os parentes se reúnem, depois de muita comida e bebida ou antes ou durante, sai de tudo. As histórias do passado - é claro, só pode ser do que passou, amanhã não se sabe, a não ser que invente - são desenterradas. E eu me lembrei de uma, que considero a primeira "delivery" de Uruguaiana - essas coisas de usar palavras em inglês é recente, em 1959, lá na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, língua estrangeira era coisa de professor no colégio. Só se falava Portunhol - batata era papa, macarrão era fideo, entre otras cositas más. Voltemos ao "delivery". Adão Antunes Bellagamba era um açougueiro que vivia fazendo filhos, trabalhando em dezenas de ofícios diferentes e inventando coisas - gostava de publicidade e propaganda, falava... Comprou uma Kombi - a 2ª da cidade. Juntava gente para ver o onibusinho, com 2 alto-falantes em cima, umas cornetas imensas, dentro ía um amplificador ligado na bateria, com toca-discos e microfone, um locutor anunciando as ofertas das lojas, parava em cada esquina para o toca-disco funcionar. "A Voz da Fronteira" - a única da cidade na época. Depois conto a história da Voz da Fronteira, agora é DELIVERY. Pois o Adão, olhando o grande espaço interno da Kombi ( tirou os bancos traseiros para a aparelhagem da Voz da Fronteira), teve uma ideia: colocar caixas de plástico empilháveis, que tinha visto numa revista, na cidade nem tinha isso, e entregar carne nas casas dos fregueses - então: passava nas casas, pegava as encomendas, no outro dia levava tudo bem pesadinho: 1kg de polpa ( carne pra bife ), 1 Kg de guisadinho ( carne moída), 1 kg de paleta ( carne com osso para feijão ou sopa) e qualquer outro corte de carne que o cliente quisesse. Tinha muita gente que passava no açougue, deixava o pedido, para toda semana - lembra-te que não era tão comum ter geladeira nas casas, a compra de carne era diária para a maioria das famílias - e foi assim que surgiu a primeira "delivery" ou tele-entrega sem telefone( telefone era coisa muito rara, uma caixa de madeira com bocal), ou como o Adão falava, toda a cidade ouvia:
"Pede a melhor carne da cidade que
o Adão te "entrega em casa!" O brabo era preparar todas as "bateias"-como se chamavam as caixas de plástico - desde às 2 da manhã, para chegar fresquinho às 8 nas casas. Identificar com nome, quantidade, valor a ser pago... E correr!Era uma brincadeira, a 3ª filha tinha 9 anos, de avental branco, com as cadernetas( o pessoal pagava por mês), sentada no banco da frente da Kombi... A guria se sentia a pessoa mais importante DO MUNDO! Assim, com certeza, foi o Adão quem inventou a "ENTREGA EM CASA". Foi o Adão que inventou a tal da DELIVERY.
"Pede a melhor carne da cidade que
o Adão te "entrega em casa!" O brabo era preparar todas as "bateias"-como se chamavam as caixas de plástico - desde às 2 da manhã, para chegar fresquinho às 8 nas casas. Identificar com nome, quantidade, valor a ser pago... E correr!Era uma brincadeira, a 3ª filha tinha 9 anos, de avental branco, com as cadernetas( o pessoal pagava por mês), sentada no banco da frente da Kombi... A guria se sentia a pessoa mais importante DO MUNDO! Assim, com certeza, foi o Adão quem inventou a "ENTREGA EM CASA". Foi o Adão que inventou a tal da DELIVERY.
BELLABEREG na festa da Gladis
Bellabereg participou de uma festa de aniversário dia 19 e ainda está tentando se recuperar. Mas conseguiu conversar sobre POLIMERASE com uma professora de Português e Redação, a melhor de Rio Grande, que fez uma análise muito interessante da obra, disse ela: " A transmissão de energia vital de uma célula de uma pessoa sadia para uma outra célula em uma pessoa doente é um Lindo Sonho Delirante ( já deu pra entender de que geração ela é, esteve em Woodstock) - penso que Bella deve patentear essa experiência. Abin Laden é uma invenção dos americanos, se foi Spielberg quem montou o circo, é bem possível. E aquela morte do Saddan... um sósia... sabe, eu agora fiquei pensando...será que Saddan Hussein não morreu?" Bella respondeu " Mas é claro que tudo foi muito bem programado, Saddan está em Uruguaiana, a casa dele - a mansão - é em Foz do Iguaçu, e ele está bem quietinho pois com o câncer está em tratamento com os médicos da WMC". A professora portuguesa acrescentou: " O Centro de Pesquisas dos gringos agora é em Barcellos, na Amazônia, não é?" Um, que não leu o livro, ouvindo o papo desde o início, ficou olhando para as duas, não entendendo nada ou pensando: hoje já bebi demais.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
VOLTANDO AO NUDISMO (ou NATURISMO)
Era a formatura da Engenharia Civil da FURG, Janeiro de 2002, Cassino, RG, RS, Brasil. Um dia cheio de compromissos para a formanda, enlouquecida com fotos, cabelos, unhas, roupas. E sapatos. Os convidados de outras cidades chegavam à casa da mãe da citada, acomodando-se como podiam, no alvoroço de quem não se via há anos. Depois do almoço improvisado com camarões e galinhas ( galinhas mesmo daquelas que botam ovo), muita cerveja carregando as geladeiras e freezers para a festa na noite, num quentíssimo sábado, alguns lagarteando ( lagartear: estender-se ao sol com muita preguiça )outros espremidos na sala abafada, frente à TV ligada ninguém sabia em que programa, tudo muito chato, esperar a hora da formatura, nem na praia dava pra ir, estragar o cabelo? nem morta ou mortos. Estava naquele momento chato, muito chato. A mãe da formanda pensou preciso sacudir essa gente, isso é uma festa, tá tudo muito chato...
Pegou uma vassoura e foi para o quarto ( opa!). Tirou toda a roupa, todinha, até os chinelos, e entrou na sala com a vassoura, varrendo, varrendo, até os pés de todos, olhos arregalados e bocas em Ó, avós, tios, tias, primos e demais entes queridos, até os que estavam lagarteando correram com os ÓÓÓ.
- Vou só tirar a areia - disse a PELADA. Varreu a sala, a cozinha, o corredor, inclusive a garagem. Pelada.Com todas as adiposidades à mostra, e outras cositas mais.
SACUDIU. E COMEÇOU A FESTA.NATURISMO.
Pegou uma vassoura e foi para o quarto ( opa!). Tirou toda a roupa, todinha, até os chinelos, e entrou na sala com a vassoura, varrendo, varrendo, até os pés de todos, olhos arregalados e bocas em Ó, avós, tios, tias, primos e demais entes queridos, até os que estavam lagarteando correram com os ÓÓÓ.
- Vou só tirar a areia - disse a PELADA. Varreu a sala, a cozinha, o corredor, inclusive a garagem. Pelada.Com todas as adiposidades à mostra, e outras cositas mais.
SACUDIU. E COMEÇOU A FESTA.NATURISMO.
Ficção?
Ficção. Um romance de ficção. A maior distribuidora de medicamentos do mundo, a World Medical Company, possui muito bem guardadas nos laboratórios de pesquisas fórmulas capazes de curar algumas das mais mortíferas doenças - mas não produz nem comercializa os "remédios". Se não existirem doenças, para que medicamentos e laboratórios?
Alan Lewis é quem comanda a WMCo. com mão de ferro, como todo capitalista que não é rico por acaso, ele é O homem poderoso. Este é um dos personagens de POLIMERASE - uma experiência.
meu romance de ficção. Fcção?
Alan Lewis é quem comanda a WMCo. com mão de ferro, como todo capitalista que não é rico por acaso, ele é O homem poderoso. Este é um dos personagens de POLIMERASE - uma experiência.
meu romance de ficção. Fcção?
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
John Parker e Suzy Lewis
Alguém me perguntou o que é essa tal de Suzy Lewis. Estava o alguém com meu livro Polimerase-uma experiência, lendo a contracapa. Compra o livro e vais saber, falei.
- Mas por que esse nome? Por que John Parker? Por que não João Silva? Maria Silva? Nomes brasileiros.
Se o autor fosse Sidney Sheldon seria mais fácil, mas sou Bellabereg, iniciante na aventura-experiência de escrever um livro. A explicação teve que vir, mais uma vez, já contei isso a tantas pessoas:
" Quando minha neta nasceu em New Haven, Connecticut, Estados Unidos, fui conhecê-la. Andei pela city e também pela Yale University, parecia que eu estava dentro de um filme. Os cenários onde meus personagens se movimentam são verídicos. Imaginei um garotão apaixonado por uma garota, com a universidade como um palco. Americanos. Por isso, os nomes. Americanos. "
- Por que POLIMERASE? Continuou o alguém, mexendo no meu livro como se fosse um folheto de supermercado, sabe-se lá o quê estava procurando, talvez alguma oferta do dia.
" Polimerase é uma classe de enzimas presente em células procarióticas e em encarióticas, responsável pela polimerização das fitas de ADN" -expliquei.
- Ah, bom. Agora sim - falou o alguém, com cara de entendido, um Rolex cintilante ao mover o pulso, ele que entende demais de economia e transações bancárias, qual o significado de um romance?
"Sabe, meu livro foi lançado no Domingão do Faustão, pelo próprio."
- Este livro, no Faustão?
"Não este. Um que eu mandei pro meu amigo Fausto Silva."
Pois não é que ele, então, COMPROU o livro?
- Mas por que esse nome? Por que John Parker? Por que não João Silva? Maria Silva? Nomes brasileiros.
Se o autor fosse Sidney Sheldon seria mais fácil, mas sou Bellabereg, iniciante na aventura-experiência de escrever um livro. A explicação teve que vir, mais uma vez, já contei isso a tantas pessoas:
" Quando minha neta nasceu em New Haven, Connecticut, Estados Unidos, fui conhecê-la. Andei pela city e também pela Yale University, parecia que eu estava dentro de um filme. Os cenários onde meus personagens se movimentam são verídicos. Imaginei um garotão apaixonado por uma garota, com a universidade como um palco. Americanos. Por isso, os nomes. Americanos. "
- Por que POLIMERASE? Continuou o alguém, mexendo no meu livro como se fosse um folheto de supermercado, sabe-se lá o quê estava procurando, talvez alguma oferta do dia.
" Polimerase é uma classe de enzimas presente em células procarióticas e em encarióticas, responsável pela polimerização das fitas de ADN" -expliquei.
- Ah, bom. Agora sim - falou o alguém, com cara de entendido, um Rolex cintilante ao mover o pulso, ele que entende demais de economia e transações bancárias, qual o significado de um romance?
"Sabe, meu livro foi lançado no Domingão do Faustão, pelo próprio."
- Este livro, no Faustão?
"Não este. Um que eu mandei pro meu amigo Fausto Silva."
Pois não é que ele, então, COMPROU o livro?
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
NU
O que leva uma pessoa a tirar toda a roupa?
Não para aparecer na revista, ou para o companheiro ou companheira ou para fazer incursões num corpo.
É ficar nuzinho junto com outras pessoas no mesmo estado de total nudez. Sem ser castigado ou castigada.
Décadas passadas, um irmão meu andava pela Grécia ( aliás, navegava em um Cruzeiro ), chegou numa praia de NUDISMO, ninguém podia entrar lá com roupa, e ele, gordinho, tímido, animado pelos colegas,
" se pelou". Contava, já de volta ao Brasil, para escândalo dos gaúchos da fronteira, que andou assim, peladão, morto de vergonha, e que nunca viu "tanta pelanca e tanta teta caída"; nem perguntei como estavam os homens, imagina! Fiquei com essa idéia de Campo de Nudismo - mais ou menos um campo de concentração...Cheio de gente feia. Tudo pendurado.
Até ontem. Um amigo estava voltando de um congresso. Um congresso de Naturismo. É. Não é mais NUDISMO, é NATURISMO. E não é só se pelar. É uma FILOSOFIA, todo mundo fica igual, a pessoa se despe das roupas, da profissão, da raça, do sexo. Até da conta bancária (embora tenha viajado até o Espírito Santo, o congresso numa pousada 5 estrelas, uma semana). Um grupo de mais ou menos 30, de todo canto do Brasil. E também do centro do Brasil. Para poderem se despir total. E eu imaginando a cena. Mas fui obrigada a entrar no clima, melhor, no êxtase:
"Não se pensa no corpo do outro, a gente se olha além do terreno, todo mundo se abraça, ninguém vê o físico, a gente se despe até da pele".
Eu nunca tinha visto assim. Despir-se da pele. Desnudar-se. Naturismo. Assim fica mais fácil.
Legal, isso.
Não para aparecer na revista, ou para o companheiro ou companheira ou para fazer incursões num corpo.
É ficar nuzinho junto com outras pessoas no mesmo estado de total nudez. Sem ser castigado ou castigada.
Décadas passadas, um irmão meu andava pela Grécia ( aliás, navegava em um Cruzeiro ), chegou numa praia de NUDISMO, ninguém podia entrar lá com roupa, e ele, gordinho, tímido, animado pelos colegas,
" se pelou". Contava, já de volta ao Brasil, para escândalo dos gaúchos da fronteira, que andou assim, peladão, morto de vergonha, e que nunca viu "tanta pelanca e tanta teta caída"; nem perguntei como estavam os homens, imagina! Fiquei com essa idéia de Campo de Nudismo - mais ou menos um campo de concentração...Cheio de gente feia. Tudo pendurado.
Até ontem. Um amigo estava voltando de um congresso. Um congresso de Naturismo. É. Não é mais NUDISMO, é NATURISMO. E não é só se pelar. É uma FILOSOFIA, todo mundo fica igual, a pessoa se despe das roupas, da profissão, da raça, do sexo. Até da conta bancária (embora tenha viajado até o Espírito Santo, o congresso numa pousada 5 estrelas, uma semana). Um grupo de mais ou menos 30, de todo canto do Brasil. E também do centro do Brasil. Para poderem se despir total. E eu imaginando a cena. Mas fui obrigada a entrar no clima, melhor, no êxtase:
"Não se pensa no corpo do outro, a gente se olha além do terreno, todo mundo se abraça, ninguém vê o físico, a gente se despe até da pele".
Eu nunca tinha visto assim. Despir-se da pele. Desnudar-se. Naturismo. Assim fica mais fácil.
Legal, isso.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Sem condições de não registrar...
Há poucos minutos, acabei de conhecer Izabel Allende. E de dar um adeus à Paula, filha dela, que também é o nome desse romance capaz de esclarecer o significado do nascer e morrer. E do que é o amor incondicional. A filha de 28 anos, uma pessoa especial, dedicada a viver para fazer a felicidade dos outros, sadia, linda, alegre, de repente manifesta uma doença rara - porfíria- e fica num estado de coma por mais de um ano. E Izabel - a mãe - ali, sempre. Esperando o acordar de Paula. Escrevendo para a filha, falando pelas letras, recordando a vida, como se a moça estivesse ouvindo e para que lesse ao acordar.
Desde que comecei a ler esse livro, " PAULA", de Izabel Allende, fiquei extasiada: a narrativa me prendeu e fui feliz e fui triste, e fui e voltei, viajei no tempo cronológico, na dor imensurável da mãe que espera um despertar que não acontecerá, no tempo concreto das palavras e no tempo sem relógio dos delírios . Desde golpes militares, perseguições, exílios, amores e separações, Chile, Caracas, Espanha, San Francisco, até sentir coisas inexplicáveis, como as visitas em sonhos e dos espíritos, ficou o realismo fantástico do que existe entre o nascer e o morrer: o amor. Assim. Simplesmente amor.
Desde que comecei a ler esse livro, " PAULA", de Izabel Allende, fiquei extasiada: a narrativa me prendeu e fui feliz e fui triste, e fui e voltei, viajei no tempo cronológico, na dor imensurável da mãe que espera um despertar que não acontecerá, no tempo concreto das palavras e no tempo sem relógio dos delírios . Desde golpes militares, perseguições, exílios, amores e separações, Chile, Caracas, Espanha, San Francisco, até sentir coisas inexplicáveis, como as visitas em sonhos e dos espíritos, ficou o realismo fantástico do que existe entre o nascer e o morrer: o amor. Assim. Simplesmente amor.
DE SEXTA-FEIRA
Ontem não deu pra escrever. Uma amiga me chamou: "Estou com um problema grave. Meu marido está me traindo." Eu já estava pronta para começar a falar do John Parker. Mas, é a VIDA, e é bonita, é bonita...menos pra minha amiga. Fui lá, na casa dela, o marido já havia saído, mesmo assim não é bom facilitar, ninguém podia ouvir nossa conversa. Num clima de suspense, falei baixinho " vamos para a praia", pegamos guarda-sol, uvas geladas e nos espalhamos na areia molhada do Cassino, um sol maravilhoso num céu muito azul com as ondas fazendo aquele barulho que só um marzão sem fim pode fazer.Ninguém conhecido, ficamos mais ao sul, mesmo assim tinha muita gente. Falando baixinho, nunca se sabe, esperei a revelação. Foi bem assim: " ELE anda comprando roupas novas, e sapatos! nem sei quantos! Nunca usou perfume, dizia que macho não usa, mas agora usa um muito bom, por sinal - até perguntei se ELE não é mais macho, me olhou - estás me estranhando? - e quando se deita ao meu lado, procurando não se encostar, coloca as mãos atrás da cabeça, fica olhando o teto e suspira, fundo.Tem mais, chiclete. Aqueles, pastilhas verdes, nunca foi disso.Mascando, com muitos nos bolsos. E quando toca o celular - de dois chips, sempre na cintura - atende muito e me diz: reunião na firma - nunca houve tanta reunião, inclusive à noite. Então, tem ou não tem mulher no meio?"
- É, pois é, que posso eu dizer? Não sei, é muito arriscado afirmar qualquer coisa. Que situação... Se ELE fosse garotão, mas com 50 anos...
Minha amiga ainda reflexiva:" ELE até já passou da idade do lobo, podia até virar viado, e agora essa... Será que é alguma guria que quer tirar a grana dele? Será que as reuniões na firma são verdade?"
- Roupa e sapatos novos, celular com 2 chips muito vigiado, chicletinhos verdes, perfume, olhar distante, sonhadores suspiros, reuniões de negócios à noite... Será?
- É, pois é, que posso eu dizer? Não sei, é muito arriscado afirmar qualquer coisa. Que situação... Se ELE fosse garotão, mas com 50 anos...
Minha amiga ainda reflexiva:" ELE até já passou da idade do lobo, podia até virar viado, e agora essa... Será que é alguma guria que quer tirar a grana dele? Será que as reuniões na firma são verdade?"
- Roupa e sapatos novos, celular com 2 chips muito vigiado, chicletinhos verdes, perfume, olhar distante, sonhadores suspiros, reuniões de negócios à noite... Será?
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Como sempre acontece nas minhas manhãs, estava ontem eu rabalhando no leptop e ouvindo o programa Polêmica de Lauro Quadros, o assunto: "Analfabeto é o Tiririca?" ou "Analfabeto é quem sabe ler e não lê?" - este úlimo foi o Mario Quintana quem falou. Fiquei ligada, concordando com alguém que disse"a eleição do Tiririca é o retrato do povo que votou", polêmico, isso - e irritada com um outro que encheu a boca ao dizer "ler é ler Proust, Joyce, Shakespeare"( será que ele leu, mesmo, ou acha chic ser chic?).
Quando dava aulas de Literatura, eu me indignava quando lia comentários de intelectuais que negavam a Jorge Amado e Paulo Coelho a classificação de LITERATURA;como não, se tínhamos milhões de brasileiros e dezenas de traduções para outros países desses autores, bem ao gosto de leitores?
Conto nos dedos os alunos que começaram a ler pelos clássicos. E com os que eram obrigados POR MIM a ler Machado, "Os Sertões", Homero, e quase choravam...de raiva da professora. "Eu também passei por isso, tentava consolá-los". Quando estava desistindo de ser professora, apareceu Marcelo Rubens Paiva com Feliz Ano Velho - um escândalo, na época, críticos crucificando o rapaz que se jogou de cabeça numa poça d'água pensando que era um rio( imaginem que viagem!) e ficou paraplégico. Foi um sopro de incentivo na minha profissão e no que despertou nos alunos. Todo mundo lia e discutia, um jovem falando de assuntos atuais e conflitos de jovens - coisas da época - alguns meio envergonhados, não se falava abertamente como o Marcelo, eu mesma tinha medo que meus alunos resolvessem fazer as mesmas viagens do Paiva...Mas liam, porque tinha a VIDA! e depois procuravam outros livros. De Madame Bovary a Quincas Borba, de Jorge Amado a Luís Fernando Veríssimo ( O Analista de Bagé foi até dramatizado), consegui introduzir algumas leituras... poemas, pessoal, poemas! E filmes: Lembram do " Sociedade dos Poetas Mortos"? Um momento só de prazer nas nossas aulas...Subimos todos nas mesas, assim como no filme...Joguei os críticos para as discussões com meus colegas intelectuais na mesa do bar - ah, como é bom discutir interminavelmento toda a noite, mesmo que nada se lembre no outro dia - e fui com meus alunos buscar o mundo quase real. Hoje eu defendo que o importante é ler o que se gosta. E que a literatura do atual, que eu denomino "da época", é bem interessante, mesmo que não entre para a Academia a disputar cadeiras com um "Marimbondo de Fogo" -quem leu?
Daí a buscar as profundidades, é um passo. Pois não é que Mario Quintana tem sempre razão? "Pessoas infelizes não sentem saudades".
Ah, quase me esqueci: de segunda até ontem, recebi muitos telefonemas e e-mails comprando POLIMERASE. Fruto da telinha do ex-gordo? BELLABEREG ficou bem faceira!
Quando dava aulas de Literatura, eu me indignava quando lia comentários de intelectuais que negavam a Jorge Amado e Paulo Coelho a classificação de LITERATURA;como não, se tínhamos milhões de brasileiros e dezenas de traduções para outros países desses autores, bem ao gosto de leitores?
Conto nos dedos os alunos que começaram a ler pelos clássicos. E com os que eram obrigados POR MIM a ler Machado, "Os Sertões", Homero, e quase choravam...de raiva da professora. "Eu também passei por isso, tentava consolá-los". Quando estava desistindo de ser professora, apareceu Marcelo Rubens Paiva com Feliz Ano Velho - um escândalo, na época, críticos crucificando o rapaz que se jogou de cabeça numa poça d'água pensando que era um rio( imaginem que viagem!) e ficou paraplégico. Foi um sopro de incentivo na minha profissão e no que despertou nos alunos. Todo mundo lia e discutia, um jovem falando de assuntos atuais e conflitos de jovens - coisas da época - alguns meio envergonhados, não se falava abertamente como o Marcelo, eu mesma tinha medo que meus alunos resolvessem fazer as mesmas viagens do Paiva...Mas liam, porque tinha a VIDA! e depois procuravam outros livros. De Madame Bovary a Quincas Borba, de Jorge Amado a Luís Fernando Veríssimo ( O Analista de Bagé foi até dramatizado), consegui introduzir algumas leituras... poemas, pessoal, poemas! E filmes: Lembram do " Sociedade dos Poetas Mortos"? Um momento só de prazer nas nossas aulas...Subimos todos nas mesas, assim como no filme...Joguei os críticos para as discussões com meus colegas intelectuais na mesa do bar - ah, como é bom discutir interminavelmento toda a noite, mesmo que nada se lembre no outro dia - e fui com meus alunos buscar o mundo quase real. Hoje eu defendo que o importante é ler o que se gosta. E que a literatura do atual, que eu denomino "da época", é bem interessante, mesmo que não entre para a Academia a disputar cadeiras com um "Marimbondo de Fogo" -quem leu?
Daí a buscar as profundidades, é um passo. Pois não é que Mario Quintana tem sempre razão? "Pessoas infelizes não sentem saudades".
Ah, quase me esqueci: de segunda até ontem, recebi muitos telefonemas e e-mails comprando POLIMERASE. Fruto da telinha do ex-gordo? BELLABEREG ficou bem faceira!
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
A Feira do Livro da Furg no Cassino foi mais uma experiência que eu não esperava. Tudo por culpa de POLIMERASE. Estar com meu livro na mesa, tudo muito bem decorado, flashes, flores, luzes, compartilhando o espaço com autores também autografantes, públicos tão diversos, desde universitários, professores, colegas, amigos, crianças, idosos, parentes...Um povo. Gente que foi por vontade, alguns por delicadeza e/ou por obrigação, isso é bem verdade, mas foram. Democraticamente.
O autor/escritor - nem todos são escritores, vejam bem, poderíamos filosofar, mas prometi escrever bem pouquinho cada dia - fica sentadinho, que bom quando chega alguém com o livro na mão, comprado na Livraria da Furg, ali do lado, dá um alívio! Será que todo mundo sente assim?
Mas a novidade de hoje foi assim: Procurei na Internet o endereço do Projac da Globo, enderecei um livro autografado para o Fausto Silva ( é isso mesmo, eu sou amiga dele pois o vejo aos domingos depois da sesta ) se cola, colou - e colou: Domingão do Faustão, dia 6 de fevereiro de 2011, minha cunhada de Santa Maria me telefona - eu, depois de um almoço de charque com abóbora, na sesta, meio acordada - "teu livro no Domingão, o Faustão até se complicou na hora de falar o nome" POLITEC" não, "POLIMERASE" , mostrou bem a capa para a câmera, depois falou no livro da Vera Fischer." E foi assim a minha surpresa de domingo. Pensei: Tô na Globo com a Vera. Aliás, a BELLABEREG. Essa BELLABEREG...
O autor/escritor - nem todos são escritores, vejam bem, poderíamos filosofar, mas prometi escrever bem pouquinho cada dia - fica sentadinho, que bom quando chega alguém com o livro na mão, comprado na Livraria da Furg, ali do lado, dá um alívio! Será que todo mundo sente assim?
Mas a novidade de hoje foi assim: Procurei na Internet o endereço do Projac da Globo, enderecei um livro autografado para o Fausto Silva ( é isso mesmo, eu sou amiga dele pois o vejo aos domingos depois da sesta ) se cola, colou - e colou: Domingão do Faustão, dia 6 de fevereiro de 2011, minha cunhada de Santa Maria me telefona - eu, depois de um almoço de charque com abóbora, na sesta, meio acordada - "teu livro no Domingão, o Faustão até se complicou na hora de falar o nome" POLITEC" não, "POLIMERASE" , mostrou bem a capa para a câmera, depois falou no livro da Vera Fischer." E foi assim a minha surpresa de domingo. Pensei: Tô na Globo com a Vera. Aliás, a BELLABEREG. Essa BELLABEREG...
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Depois das emoções do Lançamento de POLIMERASE na Livraria Vanguarda, com direito a coquetel e tudo, filmagem, flashes e muitos abraços, me inscrevi na Feira do Livro do Cassino. É organizada pela FURG - Fundação Universidade de Rio Grande.
A 38ª FEIRA DO LIVRO DA FURG teve uma estrutura de um grande evento - visitem a programação ni site da FURG. Tinha uma rua toda só para as crianças, com teatro, oficinas,bibliotecas, brinquedotecas. E "O" livro continua chamando atenção dos baixinhos e criando novos leitores: ESTAMOS SALVOS!
E lá fui eu, de novo, com aquele friozinho " e se não for ninguém?"
A Praça Didio Duhá - local da feira - é um lugar muito gostoso no centro do Cassino, com o Hotel Atlântico à frente e a Igreja Sagrada Família ao lado, circulação obrigatória de que vem ao Balneário.
Minha SESSÃO DE AUTÓGRAFOS foi no dia 30/01, domingo, 21h, um monte de gente, outros autores também autografando, foi uma festa diferente da primeira, muita gente - imaginem o Cassino com muito calor e milhares de pessoas! Tude de bom!
A 38ª FEIRA DO LIVRO DA FURG teve uma estrutura de um grande evento - visitem a programação ni site da FURG. Tinha uma rua toda só para as crianças, com teatro, oficinas,bibliotecas, brinquedotecas. E "O" livro continua chamando atenção dos baixinhos e criando novos leitores: ESTAMOS SALVOS!
E lá fui eu, de novo, com aquele friozinho " e se não for ninguém?"
A Praça Didio Duhá - local da feira - é um lugar muito gostoso no centro do Cassino, com o Hotel Atlântico à frente e a Igreja Sagrada Família ao lado, circulação obrigatória de que vem ao Balneário.
Minha SESSÃO DE AUTÓGRAFOS foi no dia 30/01, domingo, 21h, um monte de gente, outros autores também autografando, foi uma festa diferente da primeira, muita gente - imaginem o Cassino com muito calor e milhares de pessoas! Tude de bom!
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Olá! Aqui estou eu!
Oba! Agora eu tenho um blog. Vou compartilhar com vocês algumas passagens do meu livro "POLIMERASE - uma experiência" - de Bellabereg - euzinha!!!
Começo com a primeira leitura que fiz do 1º livro: a revisão não foi boa e havia muitos erros. Que susto! A data do lançamento estava marcada, eu tinha apenas 3 dias para acertar tdo e mandar para a impressão! Deu tudo certo. O livro chegou a tempo e a Livraria Vanguarda de Rio Grande fez meu "Happy Hour" de autógrafos.Quem passou pelo 1º livro, sabe da emoção que é receber amigos, autografar, escolher as palavras para cada um...
Começo com a primeira leitura que fiz do 1º livro: a revisão não foi boa e havia muitos erros. Que susto! A data do lançamento estava marcada, eu tinha apenas 3 dias para acertar tdo e mandar para a impressão! Deu tudo certo. O livro chegou a tempo e a Livraria Vanguarda de Rio Grande fez meu "Happy Hour" de autógrafos.Quem passou pelo 1º livro, sabe da emoção que é receber amigos, autografar, escolher as palavras para cada um...
Assinar:
Postagens (Atom)