Nervosa. Nervosíssima. A minha primeira vez aqui, em Curitiba, uma capital, depois de andar pelo Cassino mais de23 anos ( desde 87...).
Estava na saída da hydroginástica, puxando papo com as curitibanas, muito legais, elas...
'Pois, não sei se vou, é tudo tão difícil, faz pouco mais de 4 meses que estou morando aqui, não conheço muito bem, eles correm, xingam, são uns apressados e não gostam de papo...'
" Não tenha medo, você vai conseguir, é só ter calma, devagar e...podes ir tranquila...Mas você vai pagar caro..."
Me enchi de coragem, o você tão delicado, eu só sei usar TU. . Saí do clube com o cabelo bem espichado, batom, sobrancelha, cremes, perfume, roupa de ir pra balada...às 11 da manhã, tinha que chegar lá antes das 3 da tarde.
Fechei os olhos e fui ( aliás, isso é uma expressão da língua, pois fui de olhos muito abertos ). Me perdi, fui dar no Mercado Minicipal de Curitiba, ( mas não dei lá), lindo de morrer, tenho uma coisa com Mercados Municipais, eles são a cultura da city...Me lembra o de Montevidéu, parrillada e acordeón, demais de bom...Olhei as placas...Cada vez mais nervosa...A primeira vez a gente nunca esquece...MARECHAL DEODORO, grande assim...
Fui pela Marechal até achar a outra Marechal, a Floriano. BANRISUL,o MEU banco, na esquina das Marechais... Estacionamento na Praça Zacarias... 9,00 meia hora...mas eu estava lá, no CENTRO da capital do Paraná. A primeira vez que vou ao centro de Curitiba de carro... Na hora do rush. A gente nunca esquece...Se escrevo, é porque consegui voltar inteira.
A vida começa aos 60 anos. ATUALIZANDO...a vida começa aos 74. Agora, já estou com 75. A pandemia do Corona Vírus passou. A COVID se transformou em doença, que precisamos tomar vacina todos os anos, o vírus se transformou em coisa igual sarampo. POR ENQUANTO, estou escrevendo, copiando crônicas que escrevi nesses tempos de estranheza numa realidade de idosa. QUANDO eu ficar velha, talvez não tenha vontade de escrever mais.
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