MINHA VIDA É UM PALCO

MINHA VIDA É UM PALCO
Somos como atores neste palco que é o mundo, as cenas são os dias e noites, e o roteiro quem escreve é a VIDA!A vida depois dos 60. É começar novo, novos horizontes, um mundo diferente e muito mais LEVE! A gente está sempre começando, sempre aprendendo...E aos 60 anos, a gente nasce de novo! A minha Infância da Maturidade! COMO SERÁ NOS 70?Na minha ADOLESCÊNCIA da Maturidade...CHEGUEI! Cheguei chegando imaginando a vida toda...70 ANOS! BÓRA LÁ QUE A VIDA TÁ PASSANDO!!!E até uma PANDEMIA!Nunca pensei ...De repente, ficar presa em casa, sozinha. Se sair, o CORONA VÍRUS pega. Horrível todo mundo sem se tocar.

terça-feira, 20 de março de 2012

A DAMA DE FERRO

Quem viu o filme?
Eu vi. No Shopping Curitiba, há mais de um mês. Meryl Streep, magnífica, uma produção na juventude e no envelhecimento da Thatcher, uma interpretação mais que merecedora do Oscar de Melhor Atriz. Os maquiladores merecem, também um grande prêmio. Obra de mestres. A maior surpresa foi o roteiro. Inusitado.O filme:  A trajetória da 1ª Ministra Britânica, a 1ª mulher a ocupar o maior cargo de UK, mais importante ainda que o da Rainha Elizabeth II no United Kingdon -  uma superprodução, sem dúvida. Margareth Thatcher, a Dama de Ferro, em que ela, já velha, lembra dos fatos que a levaram até o importante cargo no UK,  a mulher que sacudiu a Inglaterra. Por que a surpresa? Pois a Dama de Ferro aparece como uma pessoa quase normal, até parece humana nos acontecimentos mais marcantes da própria vida; no filme, é uma velha doente, com índices de Alzeymer ou demência senil, que lembra de sua vida na época de glória, em que mandava e desmandava como bem queria no mundo fechado dos britânicos. E que não agradou nem um pouco aos pobres, aos sindicalizados, que mergulhou  o UK na recessão e desemprego. E que usou o poder para declarar GUERRA à Argentina, não tanto pelas Malvinas, mas para recuperar a popularidade perdida e ser reeleita como Ministra, o que realmente aconteceu. Se eu fosse argentina, ficaria com muita raiva com o que o filme mostrou, como se os argentinos fossem uns bobos, pobres, fiasquentos, fracos, lutando numa guerra desigual em todos os aspectos. Uma versão de "O Império contra ataca". Que feio pra nós, latinos. Esmagaram os argentinos. Mas foi um "baita" filme. Talvez até tenha mostrado algumas verdades da Thatcher. Não falo do fim do filme, pois quem não viu, que veja. É muito interessante quando enfoca a deterioração física da pessoa. O corpo envelhece, a cabeça, nem sempre. Eu até chorei com a velhinha que não admitia a velhice, comportava-se como ainda ministra, e como tudo que é velho ou velha, policiada pela secretária e pela filha como uma criança,  fazendo as " artes" que as velhas fazem, essas coisas de esconder remédios, não lembrar do que fez ou disse. E tendo visões e falando com o marido morto. E não aceitando o fato de não ser mais a "Importante". Isso foi o filme. Maravilhoso.

 Mas a Margareth que acompanhei na HISTÓRIA DE VERDADE nada teve de doce. Até que o filme mostra algumas passagens da violência que o povo sofreu nas garras de ferro da dama. Ela acabou com o salário mínimo, perseguiu os sindicatos ( eu era da diretoria do SINPRO/RS, peninha dos ingleses, sniff), criou um imposto para os pobres pagarem, diminuiu os impostos dos ricos...criou a maior recessão que os ingleses enfrentaram, era uma violenta guerra civil. E a polícia baixava o cacete! O povo - pobre - sofreu muito. Não sei se eles têm saudades dela, penso que não. Mas ela fez o que acreditava, muita gente poderosa no mundo todo respeitava demais "A" Thatcher. Por isso, uma mulher e tanto, temos que reconhecer a capacidade, a inteligência, a determinação da ministra. Depois de 11 anos no poder,teve que renunciar, nem o próprio partido concordava com as medidas de seu governo. Estranho a ausência da Rainha Elizabeth II no filme, bem como na vida real. Mas deu muitos títulos de nobreza à sua 1ª Ministra.  Dizem que, hoje, a Thatcher foi proibida até de falar em público - velha, doente, não fala coisa com coisa.  
 A Dama de Ferro agora é uma velhinha que toma sol e brinca no parque com o cãozinho. Deve viver de lembranças. Quem sabe, pode até pensar que ainda é a Dama de Ferro. E é essa a lição que tirei do filme: não é fácil ser mandado e dependente dos outros quando foi a senhora do destino de uma potência como a Inglaterra.  Não é fácil ficar velho.                                                                                                                                                               ( SERÁ?)


Nenhum comentário:

Postar um comentário