Empada Brasil. Pra quem já comeu, sabe como é boa, a de carne seca, nem se fala! Ainda mais quando um moço bonito, bonito senta ao meu lado e também pede uma. Com direito à colherinha e no pirezinho de madeira com uma conchinha no meio. Eu olhei bem pra mocinha-que-estava-atendendo, ela me devolveu o olhar, nós duas meio abobadas com todo aquele monumento... Nem consegui comer a minha. Fiquei em pose de estátua, até o Moço Bonito terminar a empada dele, pagar e ir embora. Só então pude falar pra mocinha-que-estava-atendendo: "Será que estou ficando tarada? Tive um acesso de abobadice, que coisa mais linda, que coisa mais rara..."
- Não senhora - falou a mocinha-que-estava-atendendo- não é toda hora que se vê um homem como esse. E ele sabe, lá vem ele, desfilando pra enfeitar essa fria noite...
O Moço Bonito passou, depois contamos dezessete homens feios até aparecer um outro, menos belo, pois tinha uma bola no nariz...
É... Homens bonitos estão escasseando...
Recomeçamos a contagem. Valeu a brincadeira, final de noite, movimento fraco, nem sei quantas empadas comi, enquanto o Moço Bonito lia um jornal, bem na minha frente. Mas valeu a pena. UM bonito.
E como tem gente feia no mundo! E como tem gente que não tem o que fazer, e ainda escreve sobre... Amanhã tem mais empada.
OPSSS! Chegou mais um moço. Agora são dois.
A vida começa aos 60 anos. ATUALIZANDO...a vida começa aos 74. Agora, já estou com 75. A pandemia do Corona Vírus passou. A COVID se transformou em doença, que precisamos tomar vacina todos os anos, o vírus se transformou em coisa igual sarampo. POR ENQUANTO, estou escrevendo, copiando crônicas que escrevi nesses tempos de estranheza numa realidade de idosa. QUANDO eu ficar velha, talvez não tenha vontade de escrever mais.
Faltou uma foto do falcon aí.
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