Não sei se concordo com Saramago. Ele disse que "os filhos são um empréstimo, são colocados na nossa vida para usá-los num tempo, num curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos". É muito difícil aceitar quando aquele bebezinho está em nossos braços e sorri e chora e mama e dorme, cresce! E acontecem coisas que parece que nunca vão passar. E passam. E nosso bebê cresce.Cresce. Cresce.
E um dia, vem um homem ou uma mulher e leva embora o filho ou a filha da gente; torna-se dono ou dona daquele nosso bebê que cresceu. Ou uma profissão faz a criatura que amamos mais que a nós mesmos ir embora pra longe, muito longe, ou mesmo perto, numa casa onde seremos visita.
Talvez Saramago esteja me convencendo: Como podemos dizer que "perdemos" nosso filho ou nossa filha?
Eles não nos pertencem... E é tão bom quando são capazes de voar sozinhos...
Filhos: São apenas empréstimos...de vida!
A vida começa aos 60 anos. ATUALIZANDO...a vida começa aos 74. Agora, já estou com 75. A pandemia do Corona Vírus passou. A COVID se transformou em doença, que precisamos tomar vacina todos os anos, o vírus se transformou em coisa igual sarampo. POR ENQUANTO, estou escrevendo, copiando crônicas que escrevi nesses tempos de estranheza numa realidade de idosa. QUANDO eu ficar velha, talvez não tenha vontade de escrever mais.
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