MINHA VIDA É UM PALCO

MINHA VIDA É UM PALCO
Somos como atores neste palco que é o mundo, as cenas são os dias e noites, e o roteiro quem escreve é a VIDA!A vida depois dos 60. É começar novo, novos horizontes, um mundo diferente e muito mais LEVE! A gente está sempre começando, sempre aprendendo...E aos 60 anos, a gente nasce de novo! A minha Infância da Maturidade! COMO SERÁ NOS 70?Na minha ADOLESCÊNCIA da Maturidade...CHEGUEI! Cheguei chegando imaginando a vida toda...70 ANOS! BÓRA LÁ QUE A VIDA TÁ PASSANDO!!!E até uma PANDEMIA!Nunca pensei ...De repente, ficar presa em casa, sozinha. Se sair, o CORONA VÍRUS pega. Horrível todo mundo sem se tocar.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A VOLTA DA MIRINHA

Para quem não lembra, a Mirinha foi uma das primeiras inspirações para meu Blog, talvez junto com  POLIMERASE - uma experiência.Tem umas quantas postagens, Mirinha fez história, lá por março de 2011.
 Então, Mirinha andava farta de fazer nada, aposentada, inventando doenças e enchendo o saco dos filhos - e eles, dela.Deu muito o que falar, até que se rebelou, ( já estava morando em Curitiba), viajou para o SUL e por lá se largou, encontrou um brigadiano e foi com ele aos EUA, isso foi inícios de novembro. Agora, está de volta. Pra quem ligou, ao chegar? Pra minzinha, contando com muito drama, falando do SEU militar da Brigada:

- Cansei de levantar toda manhã e ver a mesma cara, o bafo de onça, o pigarro, coisas que os homens fazem todo santo dia. E as cuecas, e o cheiro de cigarro, e os copos meio cheios, meio vazios, não sabe lavar um copo! Agradeci a companhia, foi bom enquanto durou. Fiquei. Quase quatro meses, visitamos todos os conhecidos em Houston, Chicago e Boston. Conheci New York! É bem como me contaste: parece que estamos dentro de um filme.Tudo muito organizado, também, 1º mundo. E tem bandeira em tudo que é canto! São uns fanáticos, esses americanos. 

Preparei-me para duas horas de telefone. Tenho ódio de ficar pendurada( mesmo sem fio) num telefone! Tem gente que não se flagra, quer confidências? Vai até a casa da pessoa, tá? Mas se não tiver paciência, perco a amiga.

- Na chegada, meus filhos me esperavam cheios de amor, coisa linda, nem parecem os chatos que quase me levaram ao suicídio! Me deram uma câmara Cannon de presente:
 " Mãe, que pena que não você não levou pra sua viagem aos States( eles todos falam VOCÊ, todos em Curitiba, nem se lembram do TU gaúcho). Mas você tem que saber usar, mãe, essa câmara é cheia de recursos, filma, quase fala, não faça como o computador que  você só usa pro Facebook..." Ou seja, me dão um presente e me chamam de burra.  Mas eu vou aprender TUDO!

Perguntei se ela iria voltar aos estudos,coisa que professora detesta depois de aposentada.

- Isso mesmo, aposentada!  Agora quero fazer o que sempre te disse, lembras?

Lembrei, e como! A Mirinha, viúva, sempre dizia, na sala de profes, para escândalo das betas e inveja das outras e recalque dos gordos e feios professores que nunca tiraram uma casquinha com a gostosa:

" - Quando eu me aposentar, vou comprar um gurizinho bem bonito, assim como esses  garotos de programa, uns 20 ou 25 anos, grande, alto, de encher os olhos. Quando eu chegar com ele no barzinho, ou no clube, ou no bingo, até na igreja, as mulheres vão fofocar, loucas de inveja :  "Que ridícula, a Mirinha,  com um  gurizinho que pode ser neto, deve dar uma grana pra ele ficar com ela"  e os homens  vão ficar  imaginando o QUÊ o gurizinho faz com a coroa aposentada!" - Isso, Mirinha repetia pra toda turma ouvir, sempre!

"Beleza" -  falei,a Mirinha estava com toda corda, e eu até com medo do que viria. E veio!

- Já coloquei o anúncio no Face: " Preciso de um jovem moreno alto bonito e sensual que me ensine a usar câmara fotográfica Cannon e a navegar na Internet e em outras cositas mais, passear comigo no shopping e me levar pro Carnaval e pro Festival de Teatro de Curitiba" - e coçar minhas costas, claro! ( preço a combinar, não digo que sou professora aposentada).  Morram de inveja, amigas! Fiquem imaginando, meus amigos...

Essa é a Mirinha. Nem chegou e já está agitando meus dias...



                                                                                               ( Editado de As Aventuras da Mirinha)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

INTROSPECÇÃO

Coroados. Casa de praia reformada. Tudo novo.Eleninha também. Só fala naquilo.Fase da Loba.
Eleninha tomou o café da manhã que não tem café, um iogurte apenas. Quer manter a cinturinha assim, tipo violão, um biquíni daqueles, bem pequenininho, um triângulo equilátero na frente,barriga nenhuma, um triângulo isósceles atrás,um bumbum de propaganda de jeans, tirinhas ligando pontas com lacinhos tomara-que-me-desatem.Tapando os bicos dos seios, mais dois triângulos minúsculos suspensos por outras tirinhas, também aqueles lacinhos, esperando que puxem...Ninguém diz que está nos ENTA, nem que tem filha formada.Fartos cabelos ruivos, sardas na medida da pele muito branca.Giselle Bunchem morria de inveja, se visse...Mas quem viu foi o vizinho.
O vizinho passa todo o ano rezando pra chegar logo o verão.Everaldo, viúvo, um morenão de encher uma porta, parece um busto de nega baiana na janela, na espera que Eleninha dê as caras.Já estão no terceiro verão, ela passando e ele olhando. Deve pensar que é muita areia pro caminhão.Lá vem ela. Ele deve ter pensado é hoje que me encho de coragem e convido Eleninha pra tomar um sorvete. Eleninha podia pegar outro caminho pra praia, mas tem que passar bem na cara do Everaldo, saltitando nas pedrinhas da calçada.Lá vem ele, ela pensa, é hoje, os triângulos todos nervosos. Eleninha faz três verões que aguarda o ataque.Separada,  na falta, e o vizinho só olha e cumprimenta. OPA! Lá vem ele...Eleninha vira estátua. Everaldo, coragem, agora ou nunca.
- Olá, vizinha, chegou o verão!
- Oi, vizinho, como está você?
Ele fica bem na frente dela, como é grande, como é alto, apertando os olhos verdes na luz do sol.Vai convidá-la para um sorvete.Abriu a boca e saiu:
- Estou no maior tesão. Quero te comer.
"Tá, Eleninha, conta o resto, três anos desfilando na frente do Everaldo,o cara só podia explodir, sabe comé, homem pensa com os testículos, queria dizer sorvete,apenas expressou a ideia fixa"- a turma da praia esperando o desfecho. Ela diz que não aconteceu nada, que se assustou, um horror. Mas já avisou que este ano vai passar também o inverno em Coroados. 
"Sozinha?"perguntei. 
- É. Estou numa fase de introspecção.
 Sei.Mudou de nome, a fase boa:Introspecção.    

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

IMAGINARIUM

Ele me pediu para vestir aquele vestido muito justo, muito curto, com um decote grande na frente e imenso atrás. Os pais dele tinham saído. A casa vazia. Casa antiga. Um corredor no meio. De um lado, a sala. De outro, o quarto do casal. As portas muito altas. Ele colocou uma música relax, apenas tocada. Me pediu que eu fizesse cenas de Marilyn. Eu só enxergava a silhueta dele na outra peça, aquela, depois do corredor.Ele se mexia. Mas eu me mexia muito mais, sozinha num sofá, fazendo caras e bocas, espichando a perna pra cima, puxando o vestido, revelando tudo o que podia.Afinal, eu era uma menina de 14.Poses de Marilyn, eu era a protagonista, a artista.Sexy. Vi nos filmes. Dedo na boca. Pernas perfeitas, vestido assim, puxando pra cima.
Nem sei quanto tempo a gente ficou assim, brincando de Hollywood. Eu era apenas uma menina. E ele já era um homem. Hoje eu entendo o que eram aqueles movimentos de braços e mãos.Depois...me levou pra casa.Pra minha casa. Um beijo rápido. Eu era apenas uma
 menina. E ele, um homem que me amava.Puramente. Totalmente.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

TERRA, CIMENTO OU CINZAS?


   - Será melhor ser enterrada a 7 palmos no chão, entrar numa gaveta de concreto ou ir prum forno, bem cremadinho, virar um montinho de cinzas? 
   Ficamos literalmente de boca aberta, logo no começo do happy hour, todo mundo com um chopinho ainda de colarinho,a música recém começando e a Mirinha saiu com essa.Parecia Dona Morte agourando, só faltava a foice.
   - Qual é a tua coroa,tá zoando? - era o Denizardo, o mais novo no grupo, um carioca folgado, com fama de pegador, só na gíria pra parecer malandro. 
   Mas a Mirinha veio pronta, deve ter passado o dia todo imaginando um assunto pra despertar a galera. E despertou. A cada rodada, mais um argumento, a Lelê, que é juíza aposentada, assumiu a coordenação da bagunça- cada um queria dar sua opinião.Depois, teria a votação pra ver qual a melhor opção de ou parede,ou terra, ou fogo pra liquidar com o esqueleto.
   Um minuto de silêncio. Começam as inscrições. A Cidinha levanta a mão, já teve câncer, se acha autoridade em escolher funeral, quase bateu as botas quatro vezes:
   - Primeiramente, vamos pensar na saúde do Planeta!
   Levou uma vaia,pensaram que ela ia falar duas horas, mas não, é que Cidinha é vegetariana e já foi do Green Peace.Continuou a Cidinha:
   - Temos que lutar pela cova rasa, aquela no chão,servir de adubo para a terra. Pensem em quantos bichinhos vão nos comer e fertilizar o solo!
   - Que nogento isso-a Lelê revirou os olhos, os cílios postiços meio tortos, o cabelo parecia um capacete, colocou as mãos nas tetas e lascou - os vermes se alimentando destes peitinhos...
   - Prefiro ser comida em vida- gritou Lurdeca, a taradinha da turma.Um moreno alto,bonito,sensual-e enviasou os olhos para o Jorge Antonio, que pra se escapar, pediu a palavra:
   - Sou agricultor, cada corpo na terra é pasto verde!Pó ao pó!- Até o vizinho de mesa, o de nariz vermelho, ouviu PÓ e se assustou.
   Já na quinta rodada de chopp, até Tenório, nosso velho garçom,bateu na mesa e a Lelê, a juíza, concedeu-lhe a palavra:
   - Morreu, morreu.Quem garante que vão me dar um túmulo ou me cremar? É tudo muito caro, vão é me enfiar na parede, uma caixa de cimento,os parentes choram no dia e depois, nunca mais. Não pagam o aluguel da parede,os ossos que aproveitem pra fazer dentaduras...
   - Por isso, voto na cremação. Tudo higiênico,bota no forninho, as cinzinhas num potinho, espalha no jardim, pode ser aqui mesmo. Nada de comprar terreno no cemitério, buraco na parede, isso de cova na terra os sem terra ficaram com tudo-foi a vez do Toninho, é muito delicado, fala tudo em inho,riquinho. 
   Nessas alturas,a juíza Lelê batia com o copo na mesa, todos falavam,  ninguém seguia a ordem. Mas bem que fizeram silêncio quando a Mirinha se levantou e  acabou a discussão:
   - Eu quero é morrer como a Joana D`Arc,num baita fogo!
    O fogo da Mirinha já sabem qual é... E foi mais uma rodada!  Todos batucando na mesa "Garçom, aqui nesta mesa de bar..."
  





 

domingo, 5 de janeiro de 2014

CUECAS E ESCOVA DE DENTES


      Zuleica não aguentava mais. Toda vez que tocava o celular,João Henrique se escondia para atender. Disfarçava, falava "mais um engano,número errado, toda hora é essa chateação, qualquer dia jogo fora esta bosta".Zuleica se remoía de desconfiança. Devia ser alguma sirigaita atrás do marido. João Henrique era tudo de bom: forte,trabalhador,dedicado à famíla. Mas ultimamente andava nervoso, sempre com um compromisso na rua,parecia que estava com o bicho carpinteiro. Olhava o relógio toda hora, e ainda o perfume...Nunca deu bola pra perfume, agora anda comprando uns importados falsificados, será que virou gay? E na hora de dormir,inventa qualquer coisa, um filme, um jogo na TV,Zuleica com camisola de seda e tudo e ele nada.  Mais o chiclete. De menta. Mascando aquela coisa gosmenta, nem bebia mais, se bebesse não podia sair.
      Zuleica comentou tudo isso com a Mirinha, "estou achando que João Henrique está me traindo". Mirinha não é especialista em traição, mas já viu tanta novela que sabe tudo de safadeza.
      - Olha aqui, Zuleica: Tem um esquema infalível. Pega o celular, anota os números repetidos e liga, mas tem que ter um ship novo pra não descobrirem que és tu chamando...Se uma mulher atender, inventa uma desculpa, diz que é da Renner e quer mandar um presente. Pega o endereço.
      Foi fácil demais. Nem precisou do presente da Renner.A voz inconfundível da Izabelita disse alô. Zuleica quase morreu. Izabelita. 
      - Mirinha, a sirigaita é a Izabelita, mulher do Adroaldo da padaria. Com três filhos. Safada. O marido amassando pão e ela sovada pelo MEU marido. É hoje que boto aquele cachorro pra fora de casa! Atiro as roupas pela janela. E chamo o Adroaldo. Eu quero sangue!
      - Calma, Zuleica.Tem uma vingança maior.Pega as cuecas e a escova de dentes do João Henrique e leva pra Izabelita.Ela que usa o caralho, ela que lave as cuecas do garanhão.E diz que depois vais mandar as malas. E os filhos do Pedro Henrique pra morar com ela.Me conta, depois da visita.Sempre funciona.
      Zuleica fez bem assim.
      - Mirinha, ela abriu a porta e ficou disfarçando, grande amiga, ela. Eu não dei nem tempo de ela abrir a boca - a Zuleica contou tudo, telefonema demorado, esse - fui logo atirando as cuecas e a escova de dentes na cara dela, ela que lavasse as cuecas do sem-vergonha - a vagabunda chorou, pediu perdão, jurou nunca mais ver o Pedro Henrique, tinha sido uma vez só, ela e o padeiro Adroaldo viviam bem, tinham filhos, não podia estragar a vida.
     - Zuleica, tu perdoaste? Agora és uma chifruda e santa?- Mirinha sabia o fim da história. Foi assim com a Paula Maria.Com a Nereida Marta.  E com a Eva Cristina. Elas, as cornas, sempre perdoavam. 
     - Deixa eu te contar o resto, Mirinha.-Zuleica estava cheia de razão- Cheguei em casa, disposta a jogar as malas do safado do Pedro Henrique pela janela,ele entrou como um furacão, olhar de assassino, de certo tinha falado com a vagabunda, quis ganhar no grito, que eu estava louca. Mandei "cala a boca que o padeiro vai saber agora mesmo". Pedro Henrique murchou, Adroaldo era grandão, o rei do pão,ia fazer farinha do Pedro Henrique.
Pedro Henrique chorou, que me amava, que estava na crise dos cinquenta, e a família, tudo que tinha,perdão, pediu, se ajoelhou, que foi a Izabelita que se atirou pra cima dele...Virou um traste, anda que nem zumbi pela casa, jogou o celular no lixo ( que eu guardei). Fiquei com pena dele. Traste. Desgraçado.Culpa daquela Izabelita, aquela correntina. Gorda.
      Mirinha já sabia que seria assim. Quem tem pena é galinha, Zuleica. E chifre só dói quando nasce.
      Zuleica,a corna, perdoaria Pedro Henrique. Adroaldo, o padeiro corno, nunca saberia. A sagrada família estava salva.
      Pois a receita da Mirinha é infalível. Nenhum caso de traição resiste a juntar escovas e lavar cuecas.



   

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

PREPARA!


        Depois da mesmice da rotina da virada, acabaram as festas de Natal e Fim de Ano, a diarista já saiu, nada mais pra organizar, nem foi pra praia de tão cansada, a Mirinha resolveu que precisa sacudir a vida. Pegou chapéu, protetor solar e vai pro clube,lá, sempre tem com quem conversar. 
       Na saída do prédio se topou com a vizinha, aquela que parece freira e se escandaliza com tudo. Beijinhos,feliz ano novo, que fingimento, Mirinha sabe bem que foi ela que reclamou do barulho pro zelador, que veio pedir pra acabar com a bagunça. Nem tinha barulho, só o Paulo José que resolvera batucar na janela e cantar teteretetê. 
       Mas a talvez freira só complica, coitada, muito quietinha, sempre sozinha, nem a mãe aguenta e se mandou pra Ponta Grossa.
       Nesse instante, uma luz explode na cabeça da Mirinha, já tem o que fazer:
       - Odinéia ( Odinéia é a vizinha), quero te fazer um convite. Sábado tem festa  no meu apê. Pouca gente na cidade, só quem não pode ir pra praia...Topas?
       Ela olhou como se visse o São Jorge, aquele que mata dragão. 
       - Vamos, guria, pega uma fantasia, pode ir até de freira - Mirinha não perde uma.
       Odinéia arregalou os olhos. Falou um "Tá bem"tão baixinho, um sussurro.
       - Então tá...Pelas oito, leva o que vai beber, que comida tem aos montes.
       Odinéia saiu correndo, tadinha.Dessa hora em diante, ela passa o tempo todo espiando, vendo a Mirinha entrar e sair,quem sabe imaginando qual fantasia vai usar.
       Chega sábado. Odinéia bate no apê da Mirinha. Quer ajudar.Toalha na mesa, copos, talheres, guardanapos. Chega o Jorjão com um monte de gelo e caixas de bebidas. Odinéia parece em transe, aquele homem sem camisa, cheio de músculos, passa e dá um tapa na bunda dela, Mirinha diz não faz isso, a guria vai ter um troço. Odinéia fica branca, Jorjão dá outra palmada, "nada não, gata, é massagem, deixa os glúteos mais firmes". Mirinha salva a freirinha, Odinéia, vai pra casa te arrumar.
       Oito da noite.Mirinha preocupada, será que a vizinha vem? Até explicou pro pessoal que a moça é uma virgem envergonhada, não escandalizem a guria.
       O pessoal já está a mil, fantasias de verão, pouca roupa e muita criatividade. Odinéia chega, nervosa, camiseta do Brasil, bermuda folgadinha, até que tem umas coxas interessantes, Jorjão se chegando, a música esquentando, Odinéia se soltando, a bebida pegando, muita champagne que sobrou do Ano Novo... 
       Foi quando a freirinha subiu na mesa da sala, gritou "Prepara!"e
rebolou,rebolou, tirou a bermuda, era um biquini de bolinha amarelinha, os guris ficaram ba-ban-do. O que uma palmada do Jorjão faz...
       Mirinha de boca aberta... 
       Não se fazem mais quietinhas como antigamente. 
       E...Reclamação da bagunça no apê...nunca mais!



 

  

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

TURMA DO BOLÃO

       2014.
       Neste ano vou pra turma do Bolão do Paraná Clube. Só gente boa, bolão toda quarta-feira, e tem lanchinho e tem bingo e tem carteado. 
Fui convidada pela Zélia, que já levou a Carmem e que também me convidou pra um binguinho na casa dela em Santa Felicidade.Regado a champagne e com salgados, tortas e doces divinos!
       Como foi bom e como me emocionei, família maravilhosa, e eu ali, participando. Tem até registro:
    Aí estamos nós, numa tarde de confraternização, despedindo o 2013, entrando em férias do Paraná Clube.


     E nessa mesa de bingo, brincamos, conversamos, rimos muito, perdi uma fortuna, cerca de 1,40, pois esqueço de marcar nos cartões, de tanto conversar.
     Estou bem feliz com minhas amigas de Curitiba. Espero corresponder à altura para honrar meu apelido de "Gaúcha". 
     FELIZ 2014, queridas. Obrigada por me aceitarem no grupo! Vou jogar UM BOLÃO!
                                                 

                                               Bellabereg,2013/2014. A Gaúcha de Curitiba.

365 SURPRESAS



Acaba um, inicia o outro, como um ritual. Não importa qual, religioso ou não.Matar galinha e tomar o sangue, beber o vinho e comer a hóstia, jogar o barquinho no mar e pular 7 ondas, bater tambor e chamar os deuses; cada um tem o seu ritual.Tudo é muito relativo. Assim como o ritual de encher o carrinho no supermercado,pagar, carregar tudo pra casa, comer e beber. Papel higiênico.Ninguém escapa do destino.Tudo tem início, meio e fim.Só o tempo que não tem.A gente conta anos, meses, dias, horas. Mas não conta o tempo. Ali está ele, espiando, e a gente passando. Quem sabe como segurar o tempo?Quem sabe passar o tempo? Doce ilusão.Não é o tempo que passa, é a gente que passa, passa passa uva passa.O que é uva passa? É a uva que passou pelo tempo. Virou passa.Isto parece conversa de bêbado, todo mundo fala fala fala e nem lembra sobre o quê. É a vida. Outra coisa que não passa. A gente é que passa pela vida. Tempo/vida. 
365. Um número. Um ano. 365 dias. Eu não quero dias. Eu quero surpresas.