MINHA VIDA É UM PALCO

MINHA VIDA É UM PALCO
Somos como atores neste palco que é o mundo, as cenas são os dias e noites, e o roteiro quem escreve é a VIDA!A vida depois dos 60. É começar novo, novos horizontes, um mundo diferente e muito mais LEVE! A gente está sempre começando, sempre aprendendo...E aos 60 anos, a gente nasce de novo! A minha Infância da Maturidade! COMO SERÁ NOS 70?Na minha ADOLESCÊNCIA da Maturidade...CHEGUEI! Cheguei chegando imaginando a vida toda...70 ANOS! BÓRA LÁ QUE A VIDA TÁ PASSANDO!!!E até uma PANDEMIA!Nunca pensei ...De repente, ficar presa em casa, sozinha. Se sair, o CORONA VÍRUS pega. Horrível todo mundo sem se tocar.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

MAIS É MELHOR QUE MENOS


Chegando final de ano, o Natal com toda sua magia, retrospectivas em nossas vidas e avaliação de o que foi certo ou errado. Todo ano a mesma história, mas com enredos diferentes, personagens novos em cena e personagens que desapareceram assim, simplesmente se foram deste contexto físico que chamamos de Planeta Terra. Eu estava pensando em contar uma história de quando eu era pequena (não em Barbacena, mas em Uruguaiana Grande) quando Mirinha - sempre minha amiguinha doida - me arrastou para o cinema. Fomos ver "A Última Viagem a Vegas", com eles, aí:

 Quatro amigos de infância, agora na Melhor Idade(?) que vão à despedida de solteiro do único solteirão, lindo e rico e enrugado. Cada um com um problema. Muito bem cuidados pelos familiares (menos o solteirão, só na farra,querendo casar pra ficar igual aos outros). Não conto filme, é legal, quem quiser saber, que pague.     Difícil foi aguentar a Mirinha,todo o tempo me cutucando:
"Viste? O filho enche o saco do pai, não pode fazer nada!" Realmente, na família era um tédio: remédios, descanso, sopinhas...Até que foram pra Las Vegas e se largaram...
E a Mirinha saiu do cinema com a mesma ladainha: "Filhos só regulando, que saco!"
    No outro dia, eu e a chatinha, saindo da hidroginástica, Mirinha continuou se comparando com o pessoal de Hollywood.
Uma colega que ouvia os choramingos da Mirinha, olhou bem na cara dela, colocou a mão no ombro da minha amiga e falou: 
"Feliz de você que seus filhos se preocupam. Tem gente, como eu, que nem vejo meus filhos. Moram no mesmo bairro que eu, posso até morrer, eles nem se dignam a telefonar. Já fiquei com labirintite quase três dias, pensa que foram me ver? Nada."
    Mirinha calou. Vi que ficou chocada. 
    - Viste, guria? Não reclama de boca cheia. Mais é melhor que menos.
      Esta é a reflexão de Natal para os pais que reclamam dos excessos de cuidados dos filhos. É excesso de AMOR. 
     Tudo bem, é um saco ser tratado como imbecil, mas até que MAIS é melhor que NADA.

(Quem sabe, Mirinha, nós vamos pra Las Vegas, também.Com esse quarteto à solta por lá...)
 


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