Dali - O Mestre
Meus dias se esvaíram pelos meus dedos. Dois dias, semanas, onde estão minhas miragens? Perderam-se fora da história? Coisa muito interessante isso, o ócio. O que é ÓCIO? É preguiça. Estado de quem faz nada.
Tem o inverso. Parece quando estava na faculdade, dias cheios de pesquisas, encontros, discussões, emoções, fúrias, tanto trabalho, ainda oito horas de expediente no emprego, também frustrações e realizações; o dia era pequeno para fazer tudo. Então vinham as férias. Ócio. Ócio? Um mês de levantar às dez, café, família, praia, ceva, churras, sexo drogas e rock and roll. Um dia muito cheio e a noite, mais ainda. Fim.
Voltar pra rotina: faculdade, trabalho, acordar cedo, que dificuldade! E TER que escrever a monografia. Só quem passa por isso, sabe. A cabeça está oca. Não sai uma linha.
É isso. O poder do ócio. Quem passa por isso, sabe.
Escrever. Mas está tudo branco. Ou preto. Vazio. Ócio.
A vida começa aos 60 anos. ATUALIZANDO...a vida começa aos 74. Agora, já estou com 75. A pandemia do Corona Vírus passou. A COVID se transformou em doença, que precisamos tomar vacina todos os anos, o vírus se transformou em coisa igual sarampo. POR ENQUANTO, estou escrevendo, copiando crônicas que escrevi nesses tempos de estranheza numa realidade de idosa. QUANDO eu ficar velha, talvez não tenha vontade de escrever mais.
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