A vida começa aos 60 anos. ATUALIZANDO...a vida começa aos 74. Agora, já estou com 75. A pandemia do Corona Vírus passou. A COVID se transformou em doença, que precisamos tomar vacina todos os anos, o vírus se transformou em coisa igual sarampo. POR ENQUANTO, estou escrevendo, copiando crônicas que escrevi nesses tempos de estranheza numa realidade de idosa. QUANDO eu ficar velha, talvez não tenha vontade de escrever mais.
terça-feira, 2 de abril de 2019
EU QUERO UMA EMPREGADA!
Hoje eu acordei com saudade de você, Cenira!!!
Cenira foi minha diarista no Cassino (Cassino é o nome de um balneário no RS, não é jogatina).
Como era bom ter a Cenira todos os dias, ela era autônoma, a gente dividia o INPS.
Levantar de manhã, tomar café e sair, a casa ficava pra Cenira. Meio dia voltava, engolia qualquer bife e saía. A cozinha ficava com a Cenira. À noite, eu chegava quase meia noite, a casa limpa, a mesa posta para minha janta, jogar no sofá e comer um bauru com uma cerveja gelada na frente da TV com as pernas pra cima, Viva o Gordo JÔ. O Barthy, a Bonnie e o Byron (dogs herança dos filhos que foram embora e deixaram os cachorros pra eu cuidar) deitados à porta, esperando as sobras do meu lanche.
Dormia até acordar e começar tudo de novo. Trabalhar 60 horas por semana é tudo de bom quando em casa tem uma Cenira.
Hoje acordei com saudade. Liguei para meus filhos - pelo whats, óbvio - e chorei: Estou morrendo de saudade da Cenira. Por favor, preciso de uma empregada! Resposta, querem saber?
- Mãe, tu não faz nada, pra que precisa de uma empregada?
Realmente, trabalhei dos 10 aos 60, agora faz 10 anos que faço nada. Acho que vou mudar o pedido:
-Preciso de um cuidador. Alto, moreno, bonito e sensual pra fazer fisioterapia, massagem, comida, e me levar pra rua.
Pronto.
Será que consigo?
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