Quem viveu antes, durante e depois da ditadura, sabe bem como é importante poder votar. Escolher. Ter o direito de escolher.
Posso até errar, me arrepender do meu voto. Mas é o meu voto.
Só lamento que, agora, meu candidato não é mais autêntico.Aquele sincero, espontâneo,autêntico, ACABOU!
Aquela coisa de "Ideologia, eu quero uma pra viver"parece filosofia de livro antigo.
Partido político hoje é mantido com conchavo: "Se me derem um ministério, eu voto." Se minha empresa ganhar a licitação, financio a campanha.
Não é mais UM voto a cabresto. São MILHÕES de votos trocados por uma chupadinha na teta gorda do governo.Que o povo paga. Infelizmente.
Se eu não sou burra, vou ter que me convencer: Meu candidato é uma produção.
O sorriso ensaiado, o discurso redigido por estudiosos da massa, sociólogos, psicólogos e por aí vai. Sorriso, gesto, dentes, cabelos. Até a cor da roupa do candidato é escolhida para causar impressão. Despertar simpatia.Odiar o oponente. E assim somos teleguiados, minha opinião é manipulada. Lavagem cerebral. Promessa de felicidade.
Ideologia, hoje, é marketing. Quem manda na minha escolha é o marqueteiro. Vai ganhar a eleição quem apresentar o melhor SHOW, muito bem dirigido por eles, os marqueteiros. Sabem tudo.Tudo o que eu quero eles sabem. E montam a produção. Virei fantoche.
Acho que foi a Martha que disse:" Não vemos as coisas como elas são, mas como nós somos." E como eu sou? Será que eu sou livre para decidir? O que eu conheço do candidato em que vou votar? Não é mais uma pessoa, é um produto.
Coisa dele, do marqueteiro. Taí a nova e rendosa profissão. Responsável pela eleição do ou da presidente.
Mesmo assim, repito o que sempre falei para meus alunos: A pior democracia é sempre melhor que a ditadura. Domingo vou votar no MEU produto.Sem chance de devolução.
( Morro de inveja da Mirinha, ela não tem esses escrúpulos nem essas neuras, domingo vai esperar o resultado da eleição e vai pra rua fazer festa.Ela, agorinha, me disse bem assim: "Ganhe quem ganhar, a gente vai continuar trabalhando." Trabalhando?)
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