MINHA VIDA É UM PALCO

MINHA VIDA É UM PALCO
Somos como atores neste palco que é o mundo, as cenas são os dias e noites, e o roteiro quem escreve é a VIDA!A vida depois dos 60. É começar novo, novos horizontes, um mundo diferente e muito mais LEVE! A gente está sempre começando, sempre aprendendo...E aos 60 anos, a gente nasce de novo! A minha Infância da Maturidade! COMO SERÁ NOS 70?Na minha ADOLESCÊNCIA da Maturidade...CHEGUEI! Cheguei chegando imaginando a vida toda...70 ANOS! BÓRA LÁ QUE A VIDA TÁ PASSANDO!!!E até uma PANDEMIA!Nunca pensei ...De repente, ficar presa em casa, sozinha. Se sair, o CORONA VÍRUS pega. Horrível todo mundo sem se tocar.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

GRUSCHENKA

Era uma vez uma família comum com pai, mãe e filho e cachorro. Moravam numa casa que parecia um trem, uma porta e uma janela na frente, um corredor compriiiiiiido, as peças uma atrás - ou na frente - da outra. Tinha até uma piscina comppriiiiida no pátio compriiiido, ainda bem, pois o pai também era compriiiiido.Tinha um porão embaixo da última - ou primeira - peça, a cozinha. Uma escada e ali estava o porão, a porta embaixo da escada, um porão que tinha as paredes todas cobertas por latas vazias de Nanon. Nanom era um leite em pó, que o filho tinha tomado durante 18 meses, muito caro o Nanom, mas o filho era um bebezão lindo, a mãe desconfiou quando ele nasceu, parecia que não era filho dela e do marido, um bebê muito loiro, com olhos muito azuis, mais bonito que o filho da coruja. O pai quase se fundiu comprando leite em lata, a mãe não tinha. E agora, ela estava grávida, de novo, esperando pra todos os dias. Não sabia se seria outro guri ou uma guria, tomara que fosse, assim podia ficar por ali mesmo. A mãe tinha visto o filme " O Bebê de Rosemery" e tinha medo que nascesse um diabo. Mas não. Nasceu uma guria. Um outro susto: um bebê tão loiro quanto o primeiro, lindo, mas os olhos, uns olhos muito, muiiiiiiiiiito grandes, verdes, e ficava olhando para a mãe. Gruschenka. É a Gruschenka - falou a mãe. Foi um escândalo no quarto do hospital, no saguão, tias, avós, primos, todo mundo apavorado.Nunca tinham ouvido esse nome. Nem tinham lido "Os Irmãos Karamazov", de Dostoievsky.A mãe começou a ter um troço, pulava na cama como a menina do exorcista para ver se registravam a Gruschenka de Gruschenka, o pai até achava que estava possuída. Não adiantou nem o chilique. Decidido. A criança não se chamaria Gruschenka. A mãe teve que se conformar. Até que não foi ruim, mas puseram um nome na guria de olhão verde que ainda dá confusão: Denise? Marise? não, é Nize. Enize? Não, Nize. Viu? Se fosse Gruschenka, ninguém ia se confundir. Enfim...não é Gruschenka, mas é uma pessoa muito especial, filha, companheira, irmã irmã irmã...parceira, sensível, braba, mãe mãe mãe,  mulher, professora...13 de abril. O segundo maior presente da mulher que queria que a filha se chamasse Gruschenka.


3 comentários:

  1. Bahhhh...... e eu sempre pensei que era "bruchenka"... por isso q ria tanto... o tolo ri até de si. te mete... dostoyevski... toma.
    ô, ÉNize, dá tempo de mudar... não tá a fim? O juiz vai deixar... kkkk...
    Bueno... FELIZ ANIVERSARIO, PRIMA! É irmã irmã irmã... é braba é braba é braba... kkk...
    Seja muito feliz!!! Grande abraço nosso!

    obs: lembro bem da casa-trem. Na 15. E tinha uma mini, preferida do tio, q tinha 15cm e andava de salto 15 imaginário pela casa... durou tempos aquela fase. queria ser da altura do pai... dificil alcançar tudo aquilo. e o guri nanon era o irmão-zacaré. o tempo voa.

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  2. Braba é pouco! Mas só irmã é pouco demais!

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