MINHA VIDA É UM PALCO

MINHA VIDA É UM PALCO
Somos como atores neste palco que é o mundo, as cenas são os dias e noites, e o roteiro quem escreve é a VIDA!A vida depois dos 60. É começar novo, novos horizontes, um mundo diferente e muito mais LEVE! A gente está sempre começando, sempre aprendendo...E aos 60 anos, a gente nasce de novo! A minha Infância da Maturidade! COMO SERÁ NOS 70?Na minha ADOLESCÊNCIA da Maturidade...CHEGUEI! Cheguei chegando imaginando a vida toda...70 ANOS! BÓRA LÁ QUE A VIDA TÁ PASSANDO!!!E até uma PANDEMIA!Nunca pensei ...De repente, ficar presa em casa, sozinha. Se sair, o CORONA VÍRUS pega. Horrível todo mundo sem se tocar.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

OURO NO FIM DO ARCO-ÍRIS

Em 2013, quando Neymar foi para o Barcelona, ouvi muitas críticas ao que escrevi, apaixonada como sou pelo nosso guri. Disseram-me que eu estava fantasiando. Acho que não. E tenho certeza de que se Neymar estivesse jogando contra a Alemanha, na Copa, não teríamos feito aquele BAITA fiasco. 
Vai, guri, jogar no nosso Gigante Beira Rio, do também Gigante Internacional! 
Vou EDITAR o que escrevi em Maio de 2013:



Sentimento de perda. Parece que mais uma vez fomos roubados. Tiram nosso pote de ouro e levam pro Velho Mundo.
Nunca pensei que iria chorar por um cara que ganhou o mundo e vários milhões de dólares. E quiçá se transforme em mais um brasileiro número um no Planeta. A maior paixão brasileira – o futebol – se despede do nosso ídolo indiscutível.
 Domingo, dia da família, todos em casa.  Mané Garrincha,  o mais novo estádio de primeiro mundo do Brasil – agora podemos dizer que o Brasil já é primeiro mundo. E a estrela que se despede. 
   Muitos tentam ignorar os talentos do Neymar, surgem as piadas do garoto que se joga no gramado, que desfila de cuecas, que enche de gel os cabelos...e que é apenas o hábito de fazer gracinha com tudo  desta amada idolatrada Pátria. O guri Neymar surgiu em nossas vidas num grande time – o Santos – pra mim, o maior de São Paulo. Um guri com muita vontade de jogar  que chuta a bola como quem joga o Sol. Ele, o Neymar,   um mano de  cabelinho arrepiado, começou magrinho, elétrico, nervoso,  jeitinho de moleque, cresceu um pouco e não tem vergonha de ser menino, de aparecer na TV, até em filme e novela, de namorar famosa, de dançar na balada e continuar o nosso garoto e o nosso jogador de futebol,  obediente ao empresário-pai, diz-que ainda vive de mesada...Neymar entrou em nossa casa pra nos deixar com a esperança de um outro Pelé, franzininho como o Zico, rapidinho como Mané, e nós andamos tão carentes de grandes nomes... Que fazer... o  Barcelona, uma empresa mais que time, investe em mais um brasileiro e, assim como nas fábulas, contra a força não há argumento e  o dinheiro abafa  o coração. Com a licença de Drummond, podemos dizer: “Vai,  Neymar,  ser  gauche na vida!”
 E vê se te conserva boa gente, guri.
 Precisamos demais de bons exemplos pra nossa maravilhosa gurizada!


terça-feira, 14 de maio de 2013

HARMONY DAY

Dia 21 de março foi um dia de revival pra mim. Em Adelaide, South Austrália, participei das festividades do Harmony Day, na escola dos meus netos - Brigton Primary Scholl, no bairro e avenida com o mesmo nome - Brigton, onde eles moram. Pertinho da praia, no Oceano Índico. As crianças reunidas num ginásio, sentadinhas no chão, acompanhadas pelas professores,  um palco lá na frente, tudo muito parecido com nossa vida no Brasil. Com uma diferença: no Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, comemorado também aqui no Brasil, os australianos simplificaram para "Harmony Day", o Dia da Harmonia entre os povos, e o que mais me chamou a atenção é que no palco  daquela escola pública passaram hippies, Beatles, Bob Marley, e o mais emocionante, muitas nacionalidades, mostrando como vivem naquele país, cada criança falando um pouquinho: indiano, japonês, vietnamita, coreano, chinês, africano, latinos, alemão, inglês, sírio,croata, italiano, francês, tailandês, turco, australiano, árabes, enfim, tantos países representados pelos próprios, mostrando como é possível viver em harmonia de povos, como em "Imagine", de John Lennon, cantado por quase todo mundo lá presente, arrancando lágrimas de emoção. Não sei como é no dia-a-dia, mas parece que todos convivem bem. Afinal, a Austrália é um país tão novo de gente,  seus aborígenes milenares estão segregados em áreas especiais, estrangeiros tomaram conta. Inclusive brasileiros.
 E nós, lá. Primeiro mundo. 



E eu pensando como já tivemos no Brasil tanta discriminação com os negros, fruto de anos de escravidão dos africanos, os homens brancos que já tinham empurrados nossos índios do litoral para o mato, europeus colonizadores que se achavam superiores. Pois todo colonizador se pensa superior. Parece que essa discriminação ficará como uma vergonha na nossa história. Dia Internacional Contra a  Discriminação Racial. 2013. Embora não declarada, a discriminação maior é a social. Os pobres continuam segregados, também em áreas especiais. Vila, favela, seja qual for o nome. Esperando hospitais e escolas. Enquanto isso, vamos construindo estádios de futebol e relativizando a violência, a droga, a impunidade, tão discutidas nas novelas, onde os ricos são safados e não precisam trabalhar, todos os pobres têm casas maravilhosas e vidas coloridas, e também não trabalham, e os bandidos são presos, inclusive os políticos,  afinal, somos um povo muito feliz.  Acho bom parar por aqui. O tema mudou de foco.