MINHA VIDA É UM PALCO

MINHA VIDA É UM PALCO
Somos como atores neste palco que é o mundo, as cenas são os dias e noites, e o roteiro quem escreve é a VIDA!A vida depois dos 60. É começar novo, novos horizontes, um mundo diferente e muito mais LEVE! A gente está sempre começando, sempre aprendendo...E aos 60 anos, a gente nasce de novo! A minha Infância da Maturidade! COMO SERÁ NOS 70?Na minha ADOLESCÊNCIA da Maturidade...CHEGUEI! Cheguei chegando imaginando a vida toda...70 ANOS! BÓRA LÁ QUE A VIDA TÁ PASSANDO!!!E até uma PANDEMIA!Nunca pensei ...De repente, ficar presa em casa, sozinha. Se sair, o CORONA VÍRUS pega. Horrível todo mundo sem se tocar.

terça-feira, 25 de julho de 2023

ALÉM DO TRIVIAL

 

No início, foi apenas um programa. Ir ao cinema é um passeio trivial. Não para nós, AS GATAS. Tarde de segunda, vamos ver BARBIE ? Eu não conhecia o Jockey Plaza. Éramos só 4. Bóra lá.

Gostamos de participar de eventos que reúnem as massas, seria futilidade um filme infantil? E a Barbie faria 50 anos? Estaria com dores e enrugada? Sempre com aquele corpo de miss? Cabelo loiro, olhos azuis, sapatinhos de salto? Com aquela casa linda que nem toda mãe consegue comprar para a filha... 

Quem vai? Por que vai? Como, quando, onde? Um cinema não custa pouco, é hoje dentro de um templo de consumo, só uma praça de alimentação e uma loja com luzes e brilhos explodem o cartão de crédito. R$ 28,00 uma caixa repartida ao meio pra pipoca doce e pipoca salgada. Média. 

Por que não esperar o filme na TV, na Net, no computador, ou no celular? Simples: Não podemos perder o movimento, o desfile de modas e neste, o cor de rosa dos sapatos às roupas, casacos, pompons, bolsas... É dia de BARBIE, a curiosidade do inédito é desconcertante. 

Lá estávamos nós, num mar de gente feliz, a energia da BARBILÂNDIA contagiando, as vovós e amigas senhorinhas enfiadas numa caixa rosa, com balões rosa , tons de rosa e camiseta original de Barbie. Não tem como fugir do contexto.                                             

                                                                                                                                                                                                             Queremos surpresas, brilhos, batons rosa choque, emoção e delírios. Somos levadas pela energia barbilíndia, esquecemos dos joelhos e corremos para entrar logo, pois  começa o filme e lá está BARBIE. 

Eu já vi muitas Barbies. Desde as primeiras, tenho duas gurias que ganharam bonecas e...  A BARBIE.  Muitas Barbies, mas cada uma era A Barbie. As amigas tinham Barbie. Nas festas, presente era Barbie. Natal, Barbie. Agora sou vovó e ainda compro Barbie. Algumas sobreviveram, outras ficavam sem roupas, tinham os cabelos cortados ou amados e copiados. Passados mais de 5 décadas, as  Barbies, estão em todos os estilos, assumiram todas as profissões, raças, esportes; tem rainhas, princesas, gordas, astronautas,  sereias, borboletas, cadeirantes, e surgiu um KEN para acompanhar a Barbie, e um Alan. Eles, também, assumiram papéis; salva vida, surfista, ciclista, todos que a Barbie precisa. Eles amam a Barbie.

Começa o filme no mundo perfeito, maravilhoso, cor de rosa com casas, clubes, lojas, mares, coqueiros, refrescos e copos, acessórios,  o mundo da Barbie . 

Não posso nem devo contar o filme. Mas deu muito pano pra manga. A BARBIE  atravessa o portal pra dimensão real dos humanos. E fica chocada ao se deparar com as meninas que brincavam de Barbie e que agora estão sem tempo e condições  para realizarem os sonhos. 

Na expectativa de um filme infantil, ficamos com muitos assuntos para discutir. Estamos num momento muito delicado, qualquer opinião pode ser entendida como preconceito, falar de feminismo ou machismo seria discriminação, até a palavra fascista passou a ser estupidamente banal. 

Com todo o cuidado de manter a sétima arte que é o cinema na sua função artística, exploramos o evento com todo o respeito às lembranças de cada Barbie com quem convivemos, e entre donuts, cafés, chopes, pipocas, doces e travessuras, ficamos observando fora da sala do cinema: roupas pretas, maquiagens pretas, saltos finos e altíssimos, roupas coloridas com muito rosa, roupas e corpos de Barbies (e pensar que fomos e usamos tudo isso), porque é  importante ver alegria no mundo. Também.

Uma tarde que precisa ser contada aqui. Registrada sem medo de ser feliz. Cor de rosa.  

  

O MUNDO COR DE ROSA



                                                                                                                                                         

EU SOU A BARBIE. 
                           Não sou UMA BARBIE. 
Sou simplesmente, A BARBIE, aquela da década de 70, 90, 2020. Sou, hoje, americana, loira, morena, negra, modelo, cadeirante, esportista, gorda, princesa, sereia, sou sempre e simplesmente BARBIE.
 Um filme, fizeram um filme da Barbie. Eu. 
E eu  fui até a dimensão da vida real, encontrei as avós e amigas das minhas donas que foram me ver. Elas se identificaram como AS GATAS. Será que me entenderam? Será que entenderam que ser BARBIE é ser uma boneca?
 SER BONECA sempre, não é fácil. Quando fui descoberta, virei produto de consumo. Mais do que isso: virei desejo das crianças. Onde tem crianças, tem brinquedos. Onde tem brinquedos, tem BARBIE. Barbie de tudo imaginado. As meninas queriam e querem Barbie.  Algumas me judiaram, me quebraram, queimaram meus cabelos, arrancaram minhas roupas. Quem sabe, queriam fazer isso com elas, ou com as mães, ou com irmã ou amigas das irmãs. Outras crianças, faziam um castelo pra mim, faziam coleções, me endeusavam, queriam ser EU, A BARBIE.
 E eu fui mudando de acordo com o que o mundo pedia. E o mundo criou um mundo pra mim, casas, piscinas, balanços, cidades e, é lógico, inventaram um Ken na minha vida. Um boneco. Crianças aceitaram o Ken mais ou menos. Pois outros Kens surgiam para acompanharem as Barbies, Ken surfista, Ken operário, e por aí vai, para o  mundo da Barbie. Fui na dimensão dos humanos e me apavorei com a diferença dos homens e das mulheres. Uma briga pelo poder dos homens e as mulheres trabalhando muito, sem tempo para serem  Barbies.  As aventuras continuam. Voltei para meu mundo. Estamos diferentes, mas continuamos Barbies. E os Kens sempre querendo nos conquistar.
( Não vou dar spoiler do filme ). 

 Eu continuo, até hoje, um brinquedo de acompanhamento na infância. 
Barbie existe e vai mudar sempre para atender o desejo das crianças... e vai custar o que os pais e padrinhos e avós podem pagar. 
O imaginário infantil existe, as histórias vão colorir as fantasias, por mais que a internet apresente atrações virtuais, eu estarei nas mãos das crianças, apenas BARBIE.
 Na dimensão real, os seres humanos querem me responsabilizar por suas conveniências íntimas, alguns querem até acabar comigo, eu incomodo? Por quê?  Porque eu só atendo às fantasias infantis. E crianças são eternas.
Muita gente vai me ver no cinema. Eu tenho fãs de todas as idades, as mães de 50 anos brincaram comigo, quiseram ser eu - ou não. Eu me vejo por aí. de todo jeito, com roupas de toda moda, e sempre tem um Ken querendo me conquistar. 
Virei filme. Até querem me humanizar. Mas eu sou boneca. Para sempre.                             
As senhoras foram me ver no cinema. As GATAS. De cor de rosa. Tiraram foto na minha caixa.  Aplaudiram de pé minha atuação. E me pediram: " BARBIE, fique no seu mundo. Você é uma boneca e cada criança é um universo onde sempre serás a realização ou não de um sonho. E são os sonhos, os desejos, as vontades que constroem o mundo real. Onde existem crianças, existem bonecos. Desde a origem, até os fins dos tempos. É o mundo da fantasia. Para onde as vovós são levadas. 
Ah, se não fosse esse mundo com as crianças, como passar pelo tempo? A gente ficaria parada. Bóra lá.  BARBIE, tu és eterna. Quem passa pelo tempo somos nós, simples  mortais."



"A vida é uma fatia de tempo. A vida é um privilégio que temos  neste momento de eternidade. E para nós, humanos, a eternidade é finita" ***  

                                    

*** Bellabereg - Byron Bay - 10/01/2015

segunda-feira, 10 de julho de 2023

BELLABEREG: A ORIGEM DAS GATAS DE SEGUNDA

BELLABEREG: A ORIGEM DAS GATAS DE SEGUNDA:   Segunda feira ficou marcado como o dia de estudo no Positivo da Maturidade, ali, na Praça Osório. Eu fui parar por ali quando acabe...

A ORIGEM DAS GATAS DE SEGUNDA

 


Segunda feira ficou marcado como o dia de estudo no Positivo da Maturidade, ali, na Praça Osório. Eu fui parar por ali quando acabei meu curso da UAM, Universidade Aberta da Maturidade na Universidade Federal do Paraná, na Praça Santos Andrade. Depois de frequentar o primeiro prédio da primeira universidade pública federal do Brasil, no centro de Curitiba, fiquei procurando me inserir no mundo dos idosos. Ouvi alguém falar- acho que foi a Iara, ou Liana, ou Salete, que estavam abrindo cursos para a maturidade  nas universidades particulares, e no Positivo do centro todas as tardes ofereciam aulas, oficinas, palestras, encontros pra essa minha nova fase. Fui apresentada para Sandra Moreira, coordenadora, psicóloga, uma pessoa cheia de vida que me cativou desde o primeiro encontro. E que me carregou para o Positivo.se. Desde Aprimoramento Pessoal, Inglês, Francês para viagens, Oficina de Textos,com Anita Zipin, uma visão de atualidade e elegância na produção de texto, uma pessoa que transbordava conhecimento. Tinha Teatro, Dança, Artes, e por aí foi. O que me definiu desde a primeira aula:  ESPIRITUALIDADE.   Para dentro da sala de Espiritualidade, com o professor Renato Barbosa. Eu senti que estava no lugar certo. De professor, a colega. Muito conhecimento de religiosidade, teologia, história, filosofia. Segunda, à tarde, ficou determinada a tarde da Espiritualidade. As principais e maiores religiões do mundo, as versões bíblicas, o mundo abstrato e o concreto, EM BUSCA DO SENTIDO DA VIDA. 

ÀS 15 horas do dia 17 de agosto de 2015, na sala 302 da Universidade Positivo, fomos apresentados ao professor Renato Barbosa. De Platão, a Jesus e Yung, viagens  com Anchieta: QUER MORRER, OU IR PARA O BRASIL?

E ali estávamos.  Uma panelinha da turma de Espiritualidade do Positivo 2015. Maria Antonia, Yeda e Clair  (Laia).

Dia 20, já estávamos no MON, o Museu do Olho. Começamos em alto estilo. Sandra Moreira  sacudindo a turma. Eu fazia outras aulas, com outros colegas, Oficina, Italiano, Francês, Inglês, Aprimoramento Pessoal, com Sandra, mas eram outras panelinhas que não  vingaram. 

Dia 26, a Shirley já estava na panelinha da Espiritualidade, com Laia e Yeda, em seguida, fomos nos juntando, Lala(Iara), Edith, Neiva, Olga, .........

Por que se formam as "panelinhas" numa sala de aula? AS GATAS DO POSITIVO. Continuamos fora do Positivo. 

Minha professora de ginásio dizia:

DEUS OS FEZ, 

O DIABO OS SEPAROU...

ELES POR SI SE JUNTARAM. 

                                                 Esta é a MINHA versão da ORIGEM DAS GATAS DO POSITIVO.

Em sequência, vem  ESPAÇO MATURIDADE DAS GATAS, 

                                                            Eu gostaria muito que essas felinas escrevessem suas versões.

                                 Juro que anexo os textos de vocês a esta minha história condensada. Temos tanto                                                                    para contar...mais de 300 segundas, mais as celebrações,                                                                            festinhas, whats , segredos, consultas...Quanto papo bom!




Por ordem de aproximação, tivemos algumas alterações, esta relação está nos riscos desta que registrou no seu caderno meu. 




 

segunda-feira, 29 de maio de 2023

ENQUANTO POSSO?

                                                                                
CHEGUEI A 2023! 
7.4

                                                            ENQUANTO EU POSSO                                            



OI, CHEGUEI HOJE

AINDA NÃO SEI SE VOU CONSEGUIR ESCREVER. Estou bem travada. Desde a pandemia, a inspiração desapareceu, como se o vírus tivesse me invadido e retirado todos os meus pensamentos. Meu último texto penso que foi sobre a pandemia.  

13.02

A consciência de quase 74 me dá a dimensão inexata de que me restam uns 16 anos, no máximo. É muito tempo para viver, mas é pouco tempo para conseguir alcançar e concluir os projetos que estou traçando agora. 

Nunca fui de me preocupar com a morte, com o MEU futuro; tenho um presente muito cheio de surpresas diárias entre os dias que passam preguiçosos. Tenho um passado colorido, com uma família que mexe com meus sentimentos. É vida. 

Quanto ao futuro, ele não existe ainda pra ninguém, todos imaginam, a luz está acesa, mas tem uma chave pra cada um. É. O futuro tem uma chave que acendeu quando a gente nasceu, mas não sei nem quando nem quem vai apagar. Quem morreu pode contar.

Então...Preciso focar no que é necessário fazer agora, tudo depende de um universo MEU. Lembro bem quando entendi que cada um de nós tem um universo. Simples, assim.

Esta fase da vida pode ser definida como " enquanto eu posso".

Enquanto eu posso olhar para tudo que faz meu universo, gentes, árvores e paredes não nuas, pensamentos que precisam sair, enquanto eu posso.

A visão da velhice é um túnel com um fim, com um fundo, e eu estou ciente de que não dá para parar. Caminhar "enquanto eu posso" até o fim. 

Enquanto há luz. 

Está lá. Ou ali? 

TÔ INDO!

Só sei que VIVER é bom!

Viver e ver que a vida ao meu redor é UM PRÊMIO!


14 02

ESSA NOVA MODA

de que eu tenho que me amar como eu sou parece comercial de margarina. Toda satisfeita, sempre feliz, mesmo estando horrível. 

Imagino eu ficar satisfeita por estar com sobrepeso, engordei 10 quilos, pele escamada, branca desbotada, roupa muito solta, parece que estou numa barraca. Quem fica feliz assim? 

VOCÊ TEM QUE SE AMAR ASSIM. Então eu me acomodo, compro 2 litros de sorvete e sento na frente da TV. Nem preciso de vitamina para a pele, nem preciso de uma base no rosto, pois não vou pro sol, nem um batonzinho pra colorir o rosto. Eu me amo assim. Eu tenho que me amar assim. Todos falam que eu devo me amar como eu sou. 

Isso me parece hipocrisia. Parece que todo mundo vai me amar como eu sou. Só eu que estou mal. Isso me parece hipocrisia de uma rede que resolveu me dizer para me acomodar. Uma rede de mídia, influenciadores lindos, sarados,  maquiados, com roupas customizadas caríssimas,  psicólogos, sociólogos, comerciantes que vão ganhar em cliques, consultas e com o consumo de inutilidades. 

As mães não precisam se preocupar com a saúde dos filhos, podem até ficar diabéticos, que comam doce até explodir, mas que não incomodem, com uma classificação "laisse faire" antiga.

É claro que ninguém precisa ficar neurótico, como muitas gurias da minha adolescência que vomitavam tudo que comiam para ficar como a Twigi, tipo assim, uma  tábua. Das fininhas. A modelo seca, que comia nem alface. 

São os extremos. A realidade é simples.

 

Simples, assim: O que precisa é se cuidar. A gente tem que se amar, sim, e ser o que sempre definiu a mulher. SER FEMININA. MULHER. A higiene e a alimentação saõ indiscutíveis, educação e instrução para poder conversar, um cabelo bem cuidado, bem cortado, brinco-batom-perfume para sair sempre, a roupa que cai bem no meu corpo, olhar-se no espelho e se sentir bem consigo mesma e com as pessoas que me querem bem. E pronta para fazer aquela foto, fazer um vídeo e mandar só pra quem me merece.

Nosso mundo precisa ser gostoso. Eu   preciso ser gostosa.

No meu espelho. No celular. No whats. No face. 

Agora, sim. 

Me amo.       


15 02 

Um fanático por coral juntou mais de 600 pessoas no Teatro Bom Jesus e eu também fui cantar. Gabriel Machado, o mestre, separou as vozes e eu cantei. Um coral de 600 vozes. 

Foi uma experiência de GENTE. Eu estava sozinha com 599 pessoas. Três mulheres à esquerda, quatro à direita, pessoas que foram por mensagens do whats, num teatro muito respeitado, de uma grande escola de Curitiba. Abigail é terapeuta holística, a Eliane mora  no Boa Vista, Mariana é de Pinhais, a outra de Minas. Ja estávamos grandes amigas.Eu estava com GENTE.Esqueci do celular.Sozinha com centenas de pessoas, com o mesmo objetivo.  

Os barítonos, tenores e baixos ficaram à esquerda no teatro, contraltos à direita e os sem naipe no meio. Eu era sem naipe. Vem Cantar Curitiba II. E cantei Bethoven.I NA CRE DI TÁ VEL!

TAN TAN TAN TANTANTAN TAN TAN...RESPIRA, INSPIRA...

Arrepiei.Cantei. 

74 anos para cantar num coral gigantesco. Uma experiência inesquecível.


16 02

A hidroginástia é a melhor fisioterapia para qualquer pessoa. Especialmente na minha fase de mexer joelho, cervical, lombar, cabeça, essas coisas que tomam um espaço do nossos dia. Eu troquei as noites de barzinho e violão por piscina quentinha e movimento de academia. A água reúne um grupo  que também conversa e faz também terapia num bom papo diário, um grupo que, dentro do objetivo de mexer o esqueleto, os músculos braços pernas atenção. encontra o convívio com existências contemporâneas. O vestiário se transforma em um novo local de encontro. 

Hoje é quinta. Sábado começa meu carnaval de 74 anos. Entramos na água com tiaras, chapéus, colares, ao som das marchas de carnaval conhecidas, dos sambas da Mangueira e Portela e outros mais cantados. A Professora, SOL, bem isso, faz todo mundo rebolar e pular. É o nosso GRITO DE CARNAVAL dentro de um salão de água.

Minha fantasia de diabo tinha tiara com chifres, que engraçado, ninguém mais tem medo de diabo. Já a fantasia de morte da minha colega foi o maior sucesso. Realmente, o mundo de hoje tem cara nova.

Tudo é carnaval, até quarta feira de cinzas. Vou sentir falta da minha hidro neste feriadão amado pelos brasileiros!

17 02

Dia feliz de comprar coisas para meu aniversário, dia 19. ADORO ANIVERSÁRIO, ADORO FAZER ANIVERSÁRIO. Chegar aos 74 é uma surpresa pra mim. Quando escrevo 2023, parece filme de ficção. Nem consigo pensar que teria uma floresta amazônica inteira para eu poder contar tudo que passei, vi, senti, vivi.Tá tudo aqui. Na minha cabeça. FANTÁSTICO!

Mais um ano vai chegar para eu viver como devo, quero e posso.

POR ENQUANTO, estou aqui


18 02

Era uma vez um palhaço que precisava de aplausos do mundo.

Era  uma vez um espião que saiu do frio e queria ser o dono do mundo.

Os dois queriam aparecer na TV, na Internet, no centro dos holofotes do Planeta. 

Então, eles inventaram uma guerra. Conseguiram financiamento da indústria bélica. que estava entupida de bombas, mísseis, navios, aviões, tanques, etc etc etc, e se tornaram responsáveis pela maior ignorância de humanidade do século 21. É. XXI. Pode isso?  

Monstros que sempre têm quem os alimente. Não importa se os exércitos e as cidades forem liquidados. O espião mata e nem se esconde. O palhaço consegue os aplausos para matar sua plateia.  ESPIONAGEM E PALHAÇADA? 

    Lembrei do Nero,que  incendiou Roma para se emocionar...

As moscas mudam, mas a merda continua a mesma.


19 02

Domingo de Carnaval.  E eu exausta com a função do meu aniversário. Passei um dia olhando o whats e respondendo as mensagens de parabéns.

Quanto tempo passamos olhando o whats? Quem registrou? Se ficar viciado, 10 horas por dia. Quem trabalha, nesta encarnação? Até almoça e janta com o celular na frente dos olhos. Antigamente, nem faz tanto tempo, se almoçava vendo TV. Todos comiam e comentavam os mesmos assuntos de tragédias, jogos, roubos... Agora, com o celular, cada um fica num mundo paralelo, naquele buraco negro escolhido para se isolar da família e até de si mesmo. Ontem, na missa televisionada, Deus flagrou um cara respondendo mensagens e , com certeza, vendo o Tik Tok.Sem som, qualquer morcego vira passarinho. Eu vi. Meninos, eu vi, dizia I-Juca-Pirama.Parabéns a você e um patente festejando o gol do time, grudado no celular. Vibrei com o gol, também. Sinais dos tempos. Tanto faz a gente estar com alguém ou sozinha com o whats (e alguém?). Experimentei mandar mensagem para meu convidado. Ele estava do meu lado. Respondeu. DEU CERTO, restabeleci contato com o ser humano. Conversamos longamente por alguns segundos.Pelo celular. Mandei, até, uma fatia de bolo pra ele. EMOJI.

Parabéns a você pra mim. 7.4. Só converso pelo celular. 2023.


segunda-feira, 10 de abril de 2023

APOSENTADO IDOSO?


         Ao ouvir na rádio Gaúcha a palavra de um dirigente da Associação dos Professores Aposentados do RS, caiu a ficha: Por que preciso comprar PARCELADO remédio e comida? Por que estamos em direção ao fundo do poço, quando nosso salario não comporta mais nossas necessidades básicas? 

PORQUE:

        "Em 10 anos, tivemos a inflação de 61% com um aumento no contracheque de 9%." 

         A conta é fácil: 61 - 9  = 52. A defasagem de nossos proventos é de 52%. Estamos vivendo 48%. Menos da metade.  Vamos viver com 42,00 de cada 100,00, sem os 52,00 que ERAM NOSSOS.  

         Ah, são aposentados, não precisam, eles não fazem nada. Podem morrer. A sociedade não se importa, governadores, deputados, senadores, vereadores, político eleitos TAMBÉM POR NÓS, ninguém se importa. PORÉM, somos nós, os aposentados, que GASTAMOS todo nosso dinheiro para fazer essa engrenagem funcionar. EU SOU APOSENTADA, IDOSA, INVESTIDORA. Sem falar em muitos aposentados que complementam a renda familiar, inclusive, sustentando famílias.  Eu vou falar por mim, EU INVISTO DIARIAMENTE em:

Supermercados, farmácias, fruteira, padaria, pagando em tudo ICMS, INVISTO  na Corsan, na CEEE, no IPÊ SAÚDE( que mal funciona), no RPPS (um imposto que vai não sei pra quem,é ilegal), IPTU para poder morar, sou faxineira, cozinheira, costureira, movimento  provedor de internet, celular e TV - afinal, ainda tenho consciência e memória(?), e sou geradora de profissões em alta, como cuidadores, acompanhantes, academias com professores e funcionários  pra hidroginástica, pilates, motoristas de táxi e aplicativos e frentistas, fisioterapeutas. hospitais, clínicas, CLÍNICAS E CASAS DE IDOSOS, asilos , plano funeral,  enfermeiras, médicos... Nunca houve tantos ORTOPEDISTAS E GERIATRAS no mundo!!!E quantos psicólogos e psiquiatras. E igrejas, centros, universidade da maturidade, empresas de turismo, agentes de viagens!!!E eu ainda sou cuidadora sem salário desta idosa que vos fala.

ENTÃO, nós, os APOSENTADOS ,somos quem  faz girar essa rede gigante do mundo, a famosa GERAÇÃO de emprego e renda,somos os responsáveis pelos lucros de toda essa bolha fervilhante graças às nossas  existências. Investidores. Enquanto vivos. 

 ENTRETANTO,  os aposentados gaúchos estão condenados a viver com 48% do salário. E em baixa.   De repente, estaremos em condição análoga ... 

                  Nossas façanhas não mais servem de modelo a toda terra!