Depois da Maturidade na UFPR, gostei tanto, conheci tanta gente legal, fiz amizades, aprendi tanto sobre esta fase de sexagenária que procurei outro curso; na Federal só podemos estudar um ano, sabe como é, universidade pública tem que dar lugar aos novos (todos maduros) fui parar no Positivo Maturidade. Curiosidade, assisti à uma aula de Espiritualidade com o mestre Renato Barbosa, descobri que não era aula de religião, e que Espiritualidade não é Religião. Também tive aulas com o mestre Ocir Andreata, que lançou mais luzes na minha escuridade ignorante. Encontrei pessoas muito importantes agora na minha vida, As Gatas do Positivo, nosso grupo também no Whats, e que hoje estamos no Espaço Maturidade, com a Sandra Moreira e com o mestre Arioswaldo Trancoso Cruz, sempre nos aprofundando no assunto. Esse registro é importante para me situar.
Hoje eu ouço, vejo, leio todo mundo falando nessa Espiritualidade, mas há três anos ainda era novidade. Pelo menos, pra mim. Comecei a repensar meus conceitos sobre Deus, Universo, Fé, Crença, isso tudo com letra maiúscula, eu, católica apostólica romana que ama o Papa Francisco, embora ele seja argentino,
Ainda agora encontro pessoas que pensam que minhas aulas são sobre religião. E eu lembro bem de uma aula, perguntei ao professor se o ateu não tem espiritualidade, afinal, ele não acredita em Deus.
"O ateu não tem religião, não se pode confundir Religião com Espiritualidade. A Religião é inventada pelos homens, a Espiritualidade é Fé."
Explicação que não foi bem assim, mas isso eu guardei.
Desde então, estudamos as cinco maiores religiões do mundo, cada uma com seus livros, dogmas, crenças e verdades. Estudamos o que é crer em Deus. Estudamos um pouco o que é não acreditar em Deus.
Foi então que encontrei um ateu de verdade (eu nunca tinha me achado com alguém que falasse de si mesmo tão naturalmente, eu estava numa experiência indescritível)
Essa pessoa: "Eu não acredito, Deus não me faz diferença ( eu devia escrever Deus com d minúsculo?) , essa coisa de fé, vivo muito bem sem isso de ser supremo,não é esse deus que vai resolver minha vida nem minha morte, nem o antes, nem o depois,ele não tem nada a ver com nada, etc..."
Esse etecétera está num contexto muito embasado que não consigo registrar tudo aqui, em outra época, ela (era feminina, uma atéia) seria queimada nas fogueiras como bruxa, hoje pode escrever um tratado.Tem muito conhecimento de tudo.Uma cultura dita invejável.
Espiritualidade fará diferença pra essa pessoa? Ainda vou perguntar pra ela.
Não temos pretensão de dizer o que é e o que não é, estamos buscando entender. Refletir não e só se olhar no espelho. A gente só quer ser feliz.Pra ser feliz, tem que ser livre. E o conhecimento liberta.
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Hoje vou apenas colocar algumas diferenças - o documento é longo - entre Espiritualidade e Religião - a Laia que me deu o estudo - numa citação do Padre Teilhard de Chardin, jesuíta, teólogo,filósofo, paleontólogo, quando tentou uma visão integradora entre ciência e teologia:
A religião segue os preceitos de um livro sagrado. A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.
A religião não é apenas uma, são centenas. A espiritualidade é uma só.
A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados. A espiritualidade é para os que prestam atenção a sua voz interior.
A religião alimenta o ego. A espiritualidade nos faz transcender.
Não somos seres passando por uma experiência espiritual; somos seres espirituais passando por uma experiência humana.
Dizem que política, religião e futebol não se discute...Mas como é bom tentar entender...